O ator Antônio Fagundes, 71 anos, se juntou ao cada vez mais numeroso time de profissionais dispensados pela Globo.
A nova política de contratos da emissora prevê que artistas ganhem somente por obra, não recebendo mais enquanto não estiverem no ar. Tarcísio Meira e Glória Menezes haviam sido os mais recentes dispensados. Somam-se a eles Carolina Ferraz, Bruno Gagliasso, Bianca Bin, Miguel Falabella, Malu Mader e Bruna Marquezine, dentre outros.
Fagundes estreou na Globo na primeira versão de “Saramandaia” (1976) como um dos personagens centrais, o prefeito Lua Viana. Ganhou projeção ao estrelar a série “Carga Pesada” entre 1979 e 1981 ao lado de Stenio Garcia e colecionou uma série de papéis marcantes em novelas de imenso sucesso.
Foi o protagonista de “Dancin Days” (1978), “A Viagem” (1994), “Vale Tudo” (1988), “Por Amor” (1997), “Renascer” (1993) e “O Rei do Gado” (1996) – as duas últimas, de Benedito Ruy Barbosa, um dos autores com quem mais vezes trabalhou.
Fagundes optou por descansar a imagem após a traumática novela “Velho Chico” (2016), também de Ruy Barbosa, marcada pela tragédia da morte do protagonista Domingos Montagner e também por sérias críticas à sua composição ao Coronel Saruê – o veterano foi acusado de negligenciar o trabalho artístico de Rodrigo Santoro, intérprete do fazendeiro na primeira fase da trama.
Fagundes voltou ao ar na minissérie “Se Eu Fechar os Olhos Agora” e deu a volta por cima fazendo muito sucesso como o protagonista Alberto, em “Bom Sucesso” (2019). A novela sobre literatura trazia um rico livreiro rabugento com os dias contados por uma doença fatal que redescobre a alegria de viver ao fazer amizade com Paloma (Grazi Massafera), uma moça simples e batalhadora com quem havia tido seu exame médico trocado por acidente.
Apesar da demissão, Fagundes foi o primeiro nome reservado para o remake de “Pantanal”, novela da família Ruy Barbosa com previsão de estreia para o segundo semestre de 2021 no horário das 21h. Especula-se que o veterano encarnará o personagem José Leôncio, fazendeiro originalmente defendido por Claudio Marzo (1940-2015).
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