Nesta sexta-feira (11), nos despedimos da novela “Por Amor“, reprisada pela segunda vez nas tardes da Globo. Cartaz de grande sucesso no “Vale a Pena Ver de Novo”, a trama provou novamente ser uma das mais amadas pelo público – por muitos considerada a melhor dos anos 90.
Para além da história cativante, é bem verdade, o elenco de “Por Amor” também exerce grande fascínio ao espectador. A produção marcou a carreira de vários nomes, como Susana Vieira e Vivianne Pasmanter, donas das irresistíveis antagonistas Branca e Laura.
Mas, se formos observar, muitos atores de “Por Amor”, apesar do feliz trabalho, jamais repetiram a parceria com o autor Manoel Carlos. Para alguns, aliás, a novela foi a primeira e única experiência com o consagrado dramaturgo. Confira:
Fábio Assunção

Um dos mais festejados galãs da época, Fábio Assunção tinha 26 anos quando interpretou Marcelo, o principal mocinho jovem de ‘Por Amor’. O ator jamais voltou a trabalhar em folhetins de Manoel Carlos, mas, por outro lado, virou um pé de coelho nas obras de outro veterano autor, Gilberto Braga.
Aliás, Assunção só quis retornar às novelas do horário mais nobre da Globo numa trama de Gilberto, em 2003, vivendo o ardiloso vilão Renato Mendes, em “Celebridade“. Dois anos antes, ele recusou um convite para fazer “O Clone“, de Gloria Perez. Os personagens ficaram com Murilo Benício.
Murilo Benício

Em 1997, aos 25 anos, Murilo Benício ainda estava galgando os primeiros degraus de sua carreira, mas já era considerado um dos melhores atores de sua geração. Sincero em entrevistas, ele não escondia que não tinha muito apreço por seu personagem em “Por Amor”, o tímido Leonardo.
“É o menor personagem que já fiz e o que mais repercutiu. Sinceramente, não sei o motivo. Fabrício, de ‘Fera Ferida‘ (1993), era muito mais interessante e não causou tanto alvoroço”, disse o ator na época ao jornal Estadão.
Após ‘Por Amor’, Murilo passou a ganhar personagens maiores e logo se tornou um dos principais nomes do casting da Globo. No entanto, passou longe de qualquer folhetim de Manoel Carlos.
Gabriela Duarte

A Eduarda é certamente o papel mais importante da carreira de Gabriela Duarte na televisão. Na época, então com 23 anos, a atriz estava empenhada em consolidar seu nome, após ter se dedicado a estudar interpretação em cursos fora do Brasil.
Seu desejo era se desvencilhar da imagem da mãe, Regina Duarte, mas não teve como recusar o convite de Manoel Carlos para “Por Amor”. Foi, contudo, o único trabalho da atriz com o autor.
Antonio Fagundes

Em sua primeira e única novela de Manoel Carlos, Antonio Fagundes interpretou Atílio, o galã com ares de garanhão. O veterano, aos 48 anos, já era um dos mais amados pelo público feminino e, também, altamente requisitado nas produções da Globo.
Fagundes, no entanto, não tem lá as melhores lembranças de “Por Amor”. Não era nenhum segredo a sua insatisfação com o personagem, considerado inexpressivo. O fim do casamento de Atílio e Helena (Regina Duarte) no meio da história, na verdade, foi para atender às reclamações do ator.
Eduardo Moscovis

O piloto Nando foi um trampolim para a carreira de Eduardo Moscovis, que a partir dali passou a ganhar personagens de grande destaque, inclusive protagonistas.
Mas, mesmo sendo um dos poucos galãs da Globo, Moscovis não apareceu em mais nenhum folhetim de Manoel Carlos. A verdade, contudo, é que nos últimos catorze anos o ator virou figurinha bissexta nas novelas, tendo aceitado poucos trabalhos no gênero.
Carolina Ferraz

Da lista, Carolina Ferraz é a única que já conhecia o texto de Manoel Carlos – ela fez a mimada Paula, uma das antagonistas de “História de Amor” (1995). Mas “Por Amor” foi realmente a última parceria de atriz e autor.
Sabe-se, porém, que Carolina foi convidada para viver a garota de programa Capitu de “Laços de Família” (2000) – papel que ficou com Giovanna Antonelli -, o que acabou não rolando.
Após a Milena, a atriz protagonizou “Pecado Capital” (1998) – repetindo par romântico com Eduardo Moscovis – e seguiu dando as caras em novelas das seis e sete. Sua volta à faixa das oito só aconteceu quase dez anos depois, em “Belíssima” (2005).
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