O autor João Emanuel Carneiro completa 50 anos de vida com motivos de sobra para comemorar. Atualmente, o dramaturgo desenvolve uma nova novela para a faixa das 21h da Globo, com estreia prevista para novembro. Será seu quinto projeto no horário nobre.
Além disso, a reexibição de Avenida Brasil nas tardes da Globo vem alcançando índices altíssimos de audiência. Relembre a trajetória do escritor.
Começou aos 14 anos de idade com o cartunista Ziraldo, com histórias em quadrinhos e depois passou para o mercado cinematográfico, sendo premiado aos 22 anos com o curta Zero a Zero.
Um de seus maiores sucessos no cinema foi Central do Brasil, filme indicado ao Oscar e que quase trouxe uma estatueta de melhor atriz para a dama Fernanda Montenegro.
Sua atuação assertiva como colaborador em Desejos de Mulher (2002) o levou a ganhar uma chance como autor titular na Globo. Estreou, em 2004, com a novela Da Cor do Pecado, que chamou a atenção por sua trama forte, dramática e cheia de reviravoltas. Se tornou a novela das 19h mais assistida dos anos 2000.
Em 2006, Cobras & Lagartos também fez muito sucesso, ficando atrás apenas de Da Cor do Pecado, com outra novela com muita ação, vilanias e drama. De olho nisso, a Globo o escalou para estrear no horário nobre em 2008.
Sua primeira empreitada na faixa foi ousada e polêmica: A Favorita estreou jogando com as impressões sobre o bem e o mal: duas inimigas se acusavam mutuamente por um crime cometido no passado, mas o público não sabia quem era a heroína e quem era a vilã.
Em 2009, João Emanuel Carneiro supervisionou sua primeira novela: Cama de Gato, na faixa das 18h, escrita por Duca Rachid e Thelma Guedes. Em 2010, escreveu a elogiada série A Cura.
Em 2012, João chegou ao ápice de sua carreira com Avenida Brasil, um verdadeiro fenômeno de público, crítica e repercussão. A saga de vingança que retratava a ascensão da classe C no suburbano bairro do Divino conquistou os brasileiros e passou a ser referência de revolução na dramaturgia nacional.
Depois de chegar ao topo com a novela mais comercializada da história da Globo, João Emanuel passou a sofrer pressão para entregar uma nova obra tão boa quanto.
Em 2015, contudo, as expectativas foram frustradas quando ele escreveu a rocambolesca e confusa A Regra do Jogo, mirabolante novela sobre uma facção criminosa que frustou os espectadores com um excesso de vilania, bandidagem e tramas paralelas desinteressantes.
Além de tudo, A Regra do Jogo cumpria a ingrata missão de substituir o maior desastre da história da Globo: Babilônia.
Em 2018, o autor voltou à faixa das 21h com a insossa Segundo Sol, que, embora tenha apresentado um resultado razoável no Ibope, desagradou por uma trama considerada repetitiva, fraca e que andava em círculos.
No entanto, o saldo do currículo do novelista é, certamente, muito positivo, e as expectativas em torno de sua nova trama conquiste o Brasil: ele planeja uma história que trará no centro da narrativa uma megavilã a ser vivida por Lilia Cabral. A megera maltratará a filha, uma deficiente visual a ser encarnada por Letícia Colin.
Discussão sobre este post