Entrando em seu 11º ano, o Viva segue entre os canais queridinhos pelo público e líder de audiência na TV por assinatura. Tanto prestígio se deve especialmente à exibição de novelas que marcaram época na TV. Atualmente, o canal conta com quatro faixas de reprise de folhetins, além de duas temporadas diferentes da “Malhação”.
O Viva já cravou algumas novelas que serão resgatadas este ano, além de seguir negociando a liberação de outras. De acordo com as informações já divulgadas, confira quais histórias estão chegando à grade do canal mais nostálgico da telinha.
Faixa 12h30 – atualmente ocupada por “Era Uma Vez…”
A mais recente faixa do canal, que deu início em janeiro à reexibição de “Era Uma Vez…”, se dedicará a exibir novelas que tenham marcado a infância dos espectadores nos anos 1990 e 2000. Sua substituta será “Sonho Meu” (1993), uma das mais marcantes novelas das 18h, recordista de audiência, e que estranhamente jamais foi reprisada. A novela conta os dramas de Claudia (Patrícia França), moça que perde a guarda da filha Maria Carolina (Carolina Pavanelli) devido às constantes brigas com o marido violento, Geraldo (José de Abreu).
Ao fugir para Curitiba para recomeçar a vida e tentar reencontrar a filha, abandonada em um orfanato, Cláudia começa a trabalhar na fábrica de brinquedos da milionária e prepotente Paula Candeias de Sá (Beatriz Segall), que se torna sua grande inimiga depois que a mocinha passa a ser disputada por seus dois netos: o galã Lucas (Leonardo Vieira) e o mau-caráter Jorge (Fábio Assunção).
Em sequência, outra novela que sempre foi muito solicitada por saudosistas, mas nunca foi reapresentada: “O Beijo do Vampiro” (2002). A trama de Antônio Calmon era uma comédia que explorava o universo dos vampiros, através da descoberta do protagonista Zeca (Kayky Brito), aos 13 anos: ele é filho do mais temido e poderoso dos vampiros, o duque Boris Vladescu (Tarcísio Meira).
O sanguinário ser das trevas é obcecado pela mãe adotiva de Zeca, a batalhadora Lívia (Flávia Alessandra), desde sua antiga encarnação: a doce princesa Cecília, que se suicidou para não ter que se casar com o vampirão. A relação de revolta de Zeca contra o pai do mal, e a redenção de Boris por amor ao filho, foi o grande ponto da novela.
Faixa 23h – atualmente ocupada por “Mulheres Apaixonadas”
É dada como certa em abril a volta de “Da Cor do Pecado” (2004) na principal faixa de novelas do canal. Título de maior sucesso da faixa das 19h nos anos 2000, a trama marcou a estreia do autor João Emanuel Carneiro (responsável pelo fenômeno “Avenida Brasil”) e também foi o primeiro folhetim da Globo a ter uma atriz negra como protagonista.
Marcada por diferenças sociais, a história de amor da humilde Preta (Taís Araújo) e do milionário Paco (Reynaldo Gianecchini) guia a narrativa. Querendo fugir de seu passado, da ex-noiva inescrupulosa Bárbara (Giovanna Antonelli) e do pai prepotente e autoritário Afonso Lambertini (Lima Duarte), Paco aproveita um acidente de helicóptero e a descoberta da existência de um sósia desaparecido – Apolo (Reynaldo Gianecchini), na verdade, seu irmão gêmeo separado na maternidade – para assumir uma nova identidade. Oito anos depois, Paco precisa lidar com o reencontro com Preta e com o filho que tivera com ela, Raí (Sérgio Malheiros).
Em novembro, “Da Cor do Pecado” deve ser substituída pela novela de maior audiência dos anos 2000 no horário das 18h: “Alma Gêmea” (2005). Na pegada de comédia romântica de época do autor Walcyr Carrasco, que muito sucesso fez no canal com “Chocolate com Pimenta”, a novela conta a história do romance imortal entre o rico botânico Rafael (Eduardo Moscovis) e a delicada bailarina Luna (Liliana Castro). Apaixonados, os dois são vítimas da inveja doentia de Cristina (Flávia Alessandra), obcecada por Rafael e pelas valiosas joias que a prima herdara da família.
O casal é separado com a morte de Luna em um assalto orquestrado por Cristina, mas se reencontra 20 anos depois, quando a alma de Luna volta para a cidade na pele de sua reencarnação: a valente índia Serena (Priscila Fantin).
Faixa das 15h30 – atualmente ocupada por “A Viagem”
A sucessora de “A Viagem” será “Cara & Coroa” (1995), outro grande sucesso nunca antes reprisado. A dinâmica história das sósias Vivi e Fernanda (Christiane Torloni) começa na cadeia: mulher de má índole, Fernanda está presa depois de ter tentado matar o amante, o mau-caráter Mauro (Miguel Falabella). Com a saúde debilitada, Fernanda troca de lugar com Vivi, sua companheira de cela e sósia, mas de temperamento oposto: mulher doce e íntegra, só está presa por um mal-entendido, acusada por um assalto que não cometeu.
O plano para trocar as duas de lugar é orquestrado por Mauro, que visa explorar o dinheiro da família de Fernanda através de Vivi. Fora da cadeia e com outra identidade, a mocinha sofre hostilidade nas mãos dos diversos desafetos que Fernanda colecionara.
Atualização: “Cara & Coroa” não será mais exibida após “A Viagem”. O Viva decidiu escalar a reprise de “Paraíso Tropical” (2007), novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. Estreia dia 5 de julho.
Faixa das 14h30 – atualmente ocupada por “Sassaricando”
Este horário continuará sendo reservado pelo Viva para reexibir novelas mais antigas. A substituta de “Sassaricando” confirmada é “O Salvador da Pátria” (1989), primeira obra de Lauro César Muniz a ser reexibida no canal por assinatura. Marcada por forte crítica política em um período importante da história do Brasil – a redemocratização -, a novela conta a saga do humilde e simplório boia-fria Sassá Mutema (Lima Duarte), que vive da colheita de laranjas na cidadezinha de Tangará. O homem mais rico da região, o deputado Severo (Francisco Cuoco), é casado com Gilda (Susana Vieira), mas mantém um caso com Marlene (Tássia Camargo).
Para abafar o escândalo, o político mau-caráter, adorado pela população, arma para que sua amante se case, de fachada, com seu funcionário Sassá. A farsa, porém, é descoberta e explorada pelo radialista ardiloso Juca Pirama (Luis Gustavo). Juca e Marlene, neste contexto, são encontrados mortos, e Sassá é acusado injustamente de tê-los matado. Ao provar sua inocência com o apoio da amada Clotilde (Maitê Proença), uma professora idealista, Sassá se torna um líder político popular, apoiado pela população e desejado como bode expiatório dos políticos da região, que querem torná-lo o novo prefeito do município.
Por fim, a faixa de clássicos terá ainda a exibição de um fenômeno sempre lembrado pelos saudosistas de plantão: “Locomotivas” (1977), comédia romântica de Cassiano Gabus Mendes. A figura central é a lendária ex-vedete Kiki Blanche (Eva Todor), dona de um badalado salão de beleza no Rio. Ela cria, com muito afeto, a filha biológica Milena (Aracy Balabanian), moça romântica e reservada, e quatro adotivos. Dentre eles, a rebelde e desbocada Fernanda (Lucélia Santos), garota que vive em atrito com Milena. O conflito da novela é o triângulo amoroso entre Milena, o charmoso Fábio (Walmor Chagas) e Fernanda. Apaixonada pelo galã, a mocinha abre mão do romance para que o caminho fique livre para Fernanda. O que ninguém sabe é que as irmãs, na verdade, são mãe e filha.
Faixa da “Malhação”
Na faixa das 11h45, o Viva planeja exibir a temporada de 2009 da “Malhação”, estrelada por Bianca Bin, Micael e Humberto Carrão. A novelinha deveria já estar no ar desde o ano passado, mas, por problemas judiciais, o canal optou por reexibir a temporada de 2008, estrelada por Sophie Charlotte, duas vezes seguidas.
Já o horário das 16h segue reservado para as temporadas mais antigas da trama teen. Em cartaz, a primeira temporada de “Malhação”, de 1995, deverá ter como substituta a fasde de 1996 da novelinha: o casal protagonista da vez é Héricles (Danton Mello) e Alex (Camila Pitanga).
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