O elenco de Terra e Paixão ganhará o reforço de Cláudia Raia. Em uma participação especial, a atriz surgirá como a verdadeira mãe do trambiqueiro Luigi (Rainer Cadete). A personagem, com uma pegada de comédia, deve transitar na história durante 10 capítulos. A informação é do jornal Extra.
Cláudia está longe das novelas desde 2019, quando fez Verão 90. O novo trabalho marca a volta da veterana à telinha após dar à luz seu terceiro filho, Luca, nascido em fevereiro deste ano.
O autor Walcyr Carrasco, que agora conta com a ajuda de Thelma Guedes, tem se desdobrado para criar novos arcos em Terra e Paixão. A narrativa que se vê atualmente no ar não constava na sinopse. Para tentar alavancar a audiência, o autor usou todos os trunfos que tinha na manga e alterou os rumos da trama ao gosto do público. Foi assim que personagens secundários como Ramiro (Amaury Lorenzo) e Kelvin (Diego Martins) ganharam destaque e Agatha (Eliane Giardini) voltou do mundo dos mortos.
O próximo truque de mestre é recorrer a um “quem matou?”. Nice (Alexandra Richter), a falsa missionária, será encontrada morta nos capítulos desta semana, criando um novo mistério. Outro plot que ganhará destaque em breve é o surgimento do terceiro filho de Agatha.
Com tantas mudanças e coelhos saídos da cartola, Terra e Paixão conseguiu tirar o horário das 21h do atoleiro que estava com Travessia (2022). Em 20 semanas, o folhetim anterior acumulava 23 pontos de média geral. Já o atual cartaz soma 26 no mesmo período. A marca, porém, ainda não é considerada ideal para os padrões da Globo.
Reencontro
Com essa participação em Terra e Paixão, Cláudia Raia retoma a pareceria com Walcyr Carrasco após 16 anos. Em 2007, ela viveu a grande vilã de Sete Pecados — que curiosamente chamava-se Agatha —, mas saiu da novela no meio do percurso. Boatos na época davam conta que a atriz estava insatisfeita com a personagem, ao mesmo tempo em que o autor mostrava-se descontente com a mania dela em mudar as falas do roteiro.
Oficialmente, a morte da megera, vítima de uma explosão a bomba, foi justificada como algo já previsto. No livro Sempre Raia um Novo Dia, Cláudia relembrou o malsucedido trabalho: “Uma novela que não deu muito certo, e eu acabei sendo explodida. Teve erro de escalação, excesso de personagens, papéis confusos. Fui de antagonista principal a coadjuvante sem história”.