Diego Esteves, filho do jornalista Marcelo Rezende, fez sérias acusações contra Igreja Universal do Reino de Deus. Segundo ele, bispos tentaram extorquir o pai em seu leito de morte, pressionando-o para que ele doasse todos os seus bens para a instituição religiosa liderada por Edir Macedo, dono da Record.
O apresentador, que era contratado do canal do bispo, onde comandava o Cidade Alerta, faleceu em 16 de setembro de 2017 por complicações de um câncer no pâncreas e no fígado.
O relato foi feito por Diego no programa argentino A La Tarde, do canal América TV. Ele ainda afirmou que o pai foi internado contra a sua vontade, uma vez que ele já havia optado por se tratar com terapias alternativas, abrindo mão da quimioterapia.
“O meu velho estava morrendo. Ele foi internado, mas não queria se internar. Mas o levaram para o hospital… É um hospital que fica em São Paulo, um dos melhores do mundo, se chama Moriah. Foi construído pelo mesmo dono da Igreja Universal”, contou Esteves.
De acordo com Diego, uma das funcionárias mais antigas de seu pai pediu que ele tirasse o jornalista do hospital, após “dois bispos da igreja” questionarem se Rezende iria “doar tudo ou não”.
“Um dia, uma empregada que o acompanhou a vida inteira olhou para mim e me disse: ‘Diego, por favor, tire o seu pai daqui’. Eu perguntei o motivo. Ela me disse: ‘Acabaram de chegar dois bispos da igreja, autoridades máximas de lá, para o seu pai e estão perguntando, com ele moribundo, se ele vai doar tudo ou não. Se ele iria ou não doar tudo para a igreja’, e que estariam pressionando para que ele aceitasse.”
“Obviamente, o meu pai nunca disse que sim porque morreu no dia seguinte”, finalizou Diego Esteves, que se emocionou durante o desabafo, sendo consolado pelos demais integrantes do programa.
A Igreja Universal negou as acusações. A seguir, confira a nota enviada:
“A afirmação é absurda, leviana e mentirosa — e já foi seguida de um pedido oficial de desculpas da emissora argentina à Igreja Universal do Reino de Deus.
A Universal jamais pediu qualquer doação, ou teve participação na internação do jornalista Marcelo Rezende no Hospital Moriah.
Serão tomadas todas as medidas cabíveis contra o autor destas declarações criminosas, bem como contra os caluniadores que se aproveitarem da mentira para atacar a Igreja, seu corpo eclesiástico e seus 7 milhões de fiéis e simpatizantes.”
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