Cara e Coragem é definitivamente uma novela que a Globo quer esquecer que existiu. Para selar de vez o fracasso, a comédia romântica chegou ao fim, na sexta-feira (16), conquistando a pior audiência de um último capítulo do horário das 19h. Anotou apenas 20,3 pontos na Grande São Paulo.
Com esse desempenho, a trama dos dublês quebra o recorde negativo que pertencia até então a outro flop da faixa, a problemática Geração Brasil (2014), que cravou 22 pontos em seu episódio final.
Quanto Mais Vida, Melhor!, o cartaz anterior, registrou 23,9 em seu derradeiro capítulo – e esse já era considerado um resultado ruim.
Ignorada pelo público, Cara e Coragem ficou mais de oito meses no ar e se despede com uma média geral de 20,7 pontos de audiência. Torna-se, assim, a quarta novela menos vista do horário das 19h. Nesse contexto, a medalha de latão ainda é de Geração Brasil.
A missão de reerguer os números fica agora com Vai na Fé, que estreia hoje (16). A Globo espera que o folhetim de Rosane Svartman coloque o horário novamente nos patamares alcançados por Bom Sucesso (2019), trabalho anterior da autora, e Salve-se Quem Puder (2020), a última história que agradou o público.
Isso deve ser um grande desafio, tendo em vista que nem mesmo a faixa das 21h está indo bem. Sob críticas, Travessia vem se arrastando desde outubro com índices de dar desgosto, afugentando quem acompanhava Pantanal (2022). Sua média geral até aqui é de apenas 23 pontos.
O que conta Vai na Fé
No folhetim que substitui Cara e Coragem, o público acompanha a saga de Sol (Sheron Menezzes), mulher batalhadora e arrimo de família, que sustenta o lar com a venda de suas quentinhas. Ela canta no coral da igreja desde criança e foi conhecida como rainha do funk na juventude. Atualmente, enfrenta uma crise no casamento com Carlão (Che Moais), um sujeito desempregado que depende da mulher.
Os dois vivem com as filhas, Jeniffer (Bella Campos) e Duda (Manu Estevão), e com Marlene (Elisa Lucinda), a mãe de Sol. No início da trama, a mocinha começa a improvisar letras de funk para impulsionar as vendas de suas marmitas, e acaba viralizando na internet. Por isso, é convidada para ser backing vocal do cantor em decadência Lui Lorenzo (José Loreto), mulherengo cuja carreira é administrada por sua mãe, a deslumbrada Wilma (Renata Sorrah).
A oportunidade de mudar de vida colocará Sol cara a cara com o advogado Ben (Samuel de Assis), um antigo amor de juventude, hoje casado com a também advogada Lumiar (Carolina Dieckmann), com quem vive uma relação que vai de mal a pior. Mulher metódica e temperamental, ela é a professora do curso de Direito onde Jeniffer, a dedicada filha de Sol, consegue uma bolsa de estudos.
Sol e Ben já viveram um romance no passado e nunca se esqueceram. Este reencontro abalará de vez os relacionamentos da protagonista com Carlão e do advogado com Lumiar. A criminalista, por sua vez, é alvo da paixão obsessiva do mau-caráter empresário Theo (Emilio Dantas), falso amigo de Ben e capaz de tudo para roubar sua esposa.
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