O Globoplay reestreou mais um título dos anos 1990 em sua plataforma. A partir desta segunda-feira (3), os assinantes do streaming global poderão ter acesso a todos os capítulos de “Torre de Babel” (1998).
De Sílvio de Abreu, a novela estreou em horário nobre disposta a repetir o sucesso de “A Próxima Vítima”, com um thriller e muitas mortes no centro da narrativa, mas foi rejeitada pelo público pelo excesso de violência.
Logo no primeiro capítulo, o protagonista Clementino (Tony Ramos) mata a própria mulher com golpes de pá ao flagrá-la transando com dois homens. O então pedreiro da construção do shopping Tropical Towers é preso e condenado pelo crime com o depoimento do patrão, o milionário César Toledo (Tarcísio Meira), de quem decide se vingar.
Vinte anos mais tarde, Clementino deixa a prisão e vê sua vida desolada. Seu pai é um homem rude e agressivo e uma de suas filhas, Sandrinha (Adriana Esteves), o odeia. Ambiciosa e mau-caráter, a garota culpa o pai pela morte da mãe e sonha em dar o golpe do baú em Alexandre (Marcos Palmeira), filho de César e de Marta (Glória Menezes). O casal de ricaços está com um relacionamento em crise.

Diversos personagens provocaram a repulsa do público mais na época: Tony Ramos, antes relegado a papéis doces e bondosos, era um feminicida que tem um final feliz. Silvia Pfeifer e Christiane Torloni eram um casal de lésbicas, cujo público conservador não aprovou. Marcello Antony era o problemático filho de César e Marta viciado em drogas. Silvio de Abreu contornou a trama como poucos autores fariam. O dramaturgo aproveitou a criminosa explosão do shopping – já prevista na sinopse – para eliminar todos os seus problemas. Nesse episódio, alguns dos personagens rejeitados acabam morrendo, como as lésbicas e o dependente químico.
A partir da ação policial para tentar chegar à identidade do criminoso por trás da explosão, a novela vingou. Destaque para o divertido deficiente mental Jamanta (Cacá Carvalho), que voltou em “Belíssima” (2005), para a doce Shirley (Karina Baraum) e para a dupla Luzineide (Eliane Costa) e Bina (Cláudia Jimenez) – esta última, dona do bordão “Cala a boca, Luzineide”. Merece menção honrosa a perversa vilã Ângela Vidal, em marcante atuação de Claudia Raia.
Cardápio
Desde maio, a cada duas semanas, a Globo vem adicionando novelas de seu acervo no Globoplay. “A Favorita” (2008), “Estrela-Guia” (2001), “Explode Coração” (1995), “Tieta” (1989) e “Vale Tudo” (1988) foram as primeiras novidades. A previsão é que pelo menos 50 títulos entrem no catálogo da plataforma. Após “Torre de Babel”, será a vez de “Fera Radical“, clássica trama de Walther Negrão estrelada por Malu Mader em 1988. Reestreia no próximo dia 17.
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