Em 26 de junho de 2000, a Globo estreou a novela “O Cravo e a Rosa” na faixa das 18h. Foi a primeira empreitada de Walcyr Carrasco na emissora.
Inspirada no clássico de William Shakespeare, “A Megera Domada”, a novela consagrou o estilo do autor: comédias românticas de época. Ambientada na década de 1920, a trama tinha como eixo central o improvável romance entre a geniosa e rica feminista Catarina Batista (Adriana Esteves) e o grosseirão e rude fazendeiro Julião Petruchio (Eduardo Moscovis).
Ameaçado por um agiota e sabotado por antigo inimigo, o vilão Joaquim (Carlos Vereza), Petruchio sabe que o único modo de livrar sua fazenda do leilão é se casando com a fera Catarina, que bota todos seus noivos para correr. Ela afirma que não pretende se casar jamais e enlouquece o pai, o banqueiro Batista (Luis Melo), com pretensões políticas: quer se candidatar a prefeito de São Paulo.
A irmã mais nova de Catarina é a romântica Bianca (Leandra Leal). Ela é quem mais sofre com as atitudes da primogênita, pois sonha em subir ao altar. Inicialmente encantada pelo bon vivant Heitor (Rodrigo Faro), a menina conhece o amor verdadeiro nos braços do sensível professor de literatura Edmundo (Ângelo Antônio).
O sucesso da novela foi tamanho que sua previsão de duração, de cerca de 80 capítulos, foi espichada para 200 e tantos. O autor Walcyr Carrasco inseriu novos personagens na narrativa para fazê-la durar mais. Um trunfo do escritor foi Marcela (Drica Moraes), a vilã da história.
Mulher ambiciosa e amoral, a ex-namorada de Petruchio não se conforma com sua rejeição e passa a fazer de tudo para destruir o casamento do fazendeiro com Catarina, justo quando os briguentos começam a se entender. Para tanto, a megera seduz e se casa com Batista, enquanto uma trama policial se inicia: quem roubou o envelope com a herança milionária de Catarina durante uma festa?.
Confira como estão os atores sumidos deste inesquecível sucesso 20 anos depois de sua estreia:
Taumaturgo Ferreira
O intérprete do caipira Januário viu em “O Cravo e a Rosa” um de seus maiores sucessos. Depois, encarnou Nelito em “Celebridade” (2003) e se dedicou a projetos na Record.
Em 2018, atuou na série da Globo Play “Ilha de Ferro”. No ano passado, fez parte de uma peça de teatro, “Mãos Limpas”.
Maria Padilha
A intérprete da fogosa e interesseira Dinorá era uma das principais estrelas de sua geração na época. Seu último papel de destaque na Globo foi “Lado a Lado” (2012), possível substituta de “Novo Mundo” na faixa das 18h.
Padilha disse que recusou alguns papéis para resolver conflitos familiares, e em razão disso, os convites para atuar se tornaram mais escassos.
Tássia Camargo
A lavadeira Joana da trama das 18h deixou a Globo nos anos 2000, tendo tido ali seu último trabalho em “Malhação”. Ela deu aulas de atuação no Rio antes de mudar-se para Portugal, em 2017.
Recentemente, atuou na novela lusitana “Valor da Vida”.
Carla Daniel
A feminista Lourdes pode ser vista atualmente na reexibição de “Chocolate com Pimenta”. Seu último trabalho na Globo foi “Verdades Secretas”, também de Carrasco. Ela pode ser vista também na série da Globo Play “Brasil a Bordo”, de Miguel Falabella.
Pedro Paulo Rangel
O intérprete de Calixto, após anos e anos na Globo, foi demitido em 2013. Recentemente, afirmou que não tem mais saúde para se dedicar a projetos mais longos como telenovelas. Até março de 2020, esteve em cartaz no teatro com a peça “O Ator e o Lobo”.
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