Uma curiosidade pessoal me trouxe a esse tema: quais foram os atores que mais interpretaram vilões na carreira? Pesquisando, estabeleci para esse ranking um mínimo de cinco vilões para cada ator. Dessa forma, cheguei aos seguintes números, em uma lista de 12 artistas: 5 vilãs para Cássia Kis; 6 vilões para Eva Wilma, Miguel Falabella, Adriana Esteves e Alessandra Negrini; 7 vilões para Gabriel Braga Nunes; 8 vilões para José de Abreu e Rubens de Falco; 9 vilões para Nathalia Timberg e Carlos Vereza; e 10 vilões para Herson Capri e Joana Fomm. Relembre-os:
CÁSSIA KIS
Cássia Kis ganhou sua primeira vilã em Quem é Você, trama das 18 horas, de Ivani Ribeiro, de 1996, e não parou mais. Refinando a cada nova vilã suas maldades, após Beatriz Maldonado – que interditou a irmã como louca para ficar com o marido dela -, vieram a elegante e ambiciosa Isabel, de Por Amor (1997), uma cobra, que não fazia tantas maldades com os mocinhos, mas bateu de frente com a vilã-mor, Branca (Suzana Vieira), tendo um caso com o seu marido e dando um golpe em sua empresa, na clássica novela de Manoel Carlos; Adma Guerreiro, de Porto dos Milagres (2001), de Aguinaldo Silva, talvez sua maior vilã, que dizimou boa parte dos personagens da trama, com o veneno que carregava no dedo em um anel; Zilda, em Eterna Magia (2007), de Elizabeth Jhin, onde era literalmente uma bruxa, que virou pó no último capítulo, de uma soturna novela das seis pouco lembrada; e Melissa, mais uma malévola escrita por Jhin, em Amor Eterno Amor (2012). A estilosa vilã, cobiçava ardentemente a fortuna da irmã Verbena (Ana Lúcia Torre), sendo capaz das piores atrocidades para que seu filho, Fernando (Carmo Dalla Vecchia), fosse o único herdeiro da tia, até mesmo sequestrando e desaparecendo com seu legítimo herdeiro, o próprio sobrinho, Rodrigo (Gabriel Braga Nunes).

EVA WILMA
A vilã mais popular e marcante da grande Eva Wilma foi a tresloucada Maria Altiva Pedreira de Mendonça e Albuquerque, em A Indomada, de Aguinaldo Silva, originalmente exibida em 1997. A megera, que misturava expressões em inglês com sotaque nordestino, era uma racista, que desprezava a nora negra; abandonou e escondeu um filho de todos, enquanto tratava-o como empregado; vendeu a sobrinha para um forasteiro; e no fim virou fumaça literalmente, estará de volta em julho, no canal Viva.
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Mas as maldades de Eva Wilma começaram muito antes da desprezível, porém cômica, Altiva. Em Angústia de Amar, novela de Dora Cavalcanti, exibida pela TV Tupi, em 1967, Vivinha era Patrícia, uma jovem capaz de qualquer coisa para não perder o noivo Roger (Cécil Thiré) para a mocinha Jane Champion (Aracy Balabanian). Em 1973, esteve à frente do grande sucesso de Ivani Ribeiro, Mulheres de Areia, em sua primeira versão, encarnando a boazinha Ruth e a pérfida vilã Raquel, as inesquecíveis gêmeas da clássica história. Em Roda de Fogo, da Tupi, de 1978 (novela homônima à Global de 1986), Eva era Giovana/Gil, a mais ambiciosa das três filhas de Lear (Oswaldo Loureiro), em uma obra de Sérgio Jockyman, baseada em Rei Lear, de Shakespeare. Em 2004, encarnou Lucrécia Borges, em Começar de Novo, uma vilã pouco lembrada, devido a baixa repercussão da obra de Antônio Calmon. E fechando a lista com as maldosas de Eva, tivemos Cândida, uma vovó do mal, que manipulava o neto perturbado Henrique (Daniel de Oliveira), para que ele agisse ao seu bel prazer, em Desejo Proibido (2007), de Walther Negrão.
MIGUEL FALABELLA
As maldades de Miguel Falabella na telinha, começaram em 1984, com Renato, de Amor Com Amor se Paga, romântica e divertida trama das seis, de Ivani Ribeiro. Renato era um médico recém-formado, mimado e arrogante, que voltava a sua pequena cidade do interior para trabalhar com o pai após formar-se, mas não acostumava-se à vida simples da cidadezinha. De caráter duvidoso, ele seduzia a doce Ângela (Júlia Lemmertz), que caía em sua lábia.
Na segunda versão de Selva de Pedra, em 1986, adaptada por Eloy Araújo e Regina Braga, ele encarnou o cínico Miro. Em O Outro (1987), de Aguinaldo Silva, era o ambicioso e manipulador João Silvério. Na anárquica Mico Preto (1990), trama das sete de Marcílio Moraes, Euclydes Marinho e Leonor Bassères, ele deu vida aos gêmeos Zé Luís e Arnaldo, o primeiro um gay bem afetado e engraçado, o segundo um grande sedutor mau-caráter. Foi na minissérie de Dias Gomes, As Noivas de Copacabana (1992), que Falabella deu vida ao seu pior vilão, o tenebroso psicopata, matador de mulheres, Donato Menezes. Mas o vilão oxigenado Mauro, de Cara e Coroa (1995), novela das sete, de Antônio Calmon, também tocou o terror na pequena Porto do Céu, entre outras maldades, assassinando a própria esposa, Heloísa (Maitê Proença), empurrando-a de um penhasco.

ADRIANA ESTEVES
Apesar de idolatrada e inesquecível, muito antes de Carminha, em Avenida Brasil (2012), de João Emanuel Carneiro, Adriana Esteves fez vilanias de arrepiar. Sua primeiríssima inescrupulosa personagem, foi a fogosa e golpista Sandra, em Torre de Babel (1998), de Sílvio de Abreu. Vinda de mocinhas românticas, Esteves se saiu tão bem fazendo o mal, que terminou a trama das oito como a grande criminosa da história, aquela que explodiu o shopping e fez de tudo para incriminar o próprio pai. Em 2002, fez a mimada Amélinha Mourão, na trama das seis, Coração de Estudante, de Emanuel Jacobina, uma vilã mais light, tanto que se regenerou no final, mas não sem antes infernizar o casal de mocinhos, humilhar e desprezar o homem que amava, por ser um peão de sua fazenda, e rejeitar o próprio filho ao saber que seria mãe de uma criança com síndrome de down, o que também acabou sendo o caminho para sua regeneração.
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Em uma participação muito especial na novela Senhora do Destino (2004), Adriana viveu a icônica Nazaré Tedesco (Renata Sorrah) jovem. Nessa fase, ela sequestrou a bebê Lindalva, filha de Maria do Carmo (Carolina Dieckmann), e fez o amante, José Carlos (Tarcísio Filho) separar-se da esposa, dizendo estar grávida, o que levou a morte da mulher por desgosto pela separação. Em 2015, ela representou a vilã flopada Inês, de Babilônia, de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga, um triste registro em sua carreira. E agora, podemos apreciar uma nova vilã escrita por JEC, a bandida e espirituosa cafetina Laureta, de Segundo Sol, atual cartaz das 21 horas, na Globo.

ALESSANDRA NEGRINI
Alessandra Negrini cai muito bem em papeis de mulheres cínicas, dissimuladas, ambiciosas, enfim, vilãs com todos os adjetivos para ser detestada, e ao longo de sua trajetória na TV, onde nem fez tantos trabalhos comparada a algumas colegas de sua geração, ela encarnou mais vilãs que qualquer outro perfil. Presença bissexta na Televisão, Negrini estreou em 1993, no seriado Retratos de Mulher, chamou a atenção do público e da crítica apenas dois anos depois, na minissérie Engraçadinha (1995), de Leopoldo Serran, inspirada na obra de Nelson Rodrigues, como a personagem-título jovem. Mas somente em 1997, no remake de Anjo Mau, adaptado por Maria Adelaide Amaral, para o horário das seis, que se firmou como uma bela atriz ao dar vida a insuportável Paula, maior rival da protagonista Nice (Glória Pires), que moveu céus e terras para separá-la de Rodrigo (Kadu Moliterno).
Após algumas mocinhas pouco expressivas, a desequilibrada Selma Dumont, de Desejos de Mulher (2002), novela de Euclydes Marinho, no horário das sete, fez a atriz arrancar elogios da crítica especializada novamente. Ocupando o lugar que seria de Cláudia Abreu, que engravidou, Alessandra ficou com as gêmeas de Paraíso Tropical, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, em sua primeira novela das oito (antes, sua única participação no horário foi em apenas uma cena de Celebridade) . Vivendo Paula e Taís, claro que foi a interesseira Taís Grimaldi, a irmã má, que roubou a cena. As vilãs seguintes foram todas no horário das seis e de época: Catarina era uma vilã no início do século XX, 1904, em Lado a Lado, de João Ximenes Braga e Cláudia Lage, sempre pronta à destruir a felicidade da mocinha, Laura (Marjorie Estiano). Suzana, também era de época, mas vivia nos frenéticos anos 1970, em Boogie Oogie, de Rui Vilhena. Uma vilã, que simplesmente trocou a filha do amante casado por outra, na maternidade, porque ele não quis deixar a esposa pra ficar com ela. Bem doida. E atualmente, conferimos os ardis de mais uma Susana, dessa vez em Orgulho e Paixão, de Marcos Bernstein.

GABRIEL BRAGA NUNES
Gabriel Braga Nunes, assim como Alessandra Negrini, fica muito bem em personagens pérfidos e antipáticos. Não à toa com alguns anos a menos de carreira televisiva do que a colega, já interpretou um odioso a mais que ela. Na mesma Anjo Mau, debutou nas maldades, como aprendiz do inescrupuloso Rui Novaes (Mauro Mendonça) pai da Paula, de Alessandra, com quem, aliás terminou junto no final. Em 2002, encarnou um maldoso sobrenatural na pele do vampiro Victor Victório, na trama das sete, de Antônio Calmon, O Beijo do Vampiro. Transferiu-se para a Record TV em 2006, para viver o herói de Cidadão Brasileiro, mas em 2007, voltou a ser vampiro na alucinada Caminhos do Coração, novela trash de Tiago Santiago, que fez grande sucesso. Gabriel era o delegado Taveira, corrupto e mau-caráter antes de ser transformado em vampiro, o personagem permaneceu na continuação da saga, Os Mutantes (2008).
De volta à Globo, o ator substituiu Fábio Assunção em Insensato Coração (2011), novela das nove de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, onde se destacou como o ganancioso Léo, tornando-se queridinho da emissora, que logo o escalou para um novo ser desprezível. Dessa vez, Gabriel viveu Laerte, na famigerada Em Família (2014), de Manoel Carlos, ele não matava, não roubava, mas era um abusador emocional detestável. Em Liberdade Liberdade (2015), novela das onze, de Mário Teixeira, era o terrível Duque de Ega, que pagou suas maldades na forca. E por fim, Thomas Johnson, de Novo Mundo (2017), o implacável algoz da mocinha Anna Millman (Isabelle Drummond), na novela das seis de Tereza Falcão e Alessandro Marson.

JOSÉ DE ABREU
O ator José de Abreu aprontou maldades em oito tramas diferentes. Na extinta TV Manchete, esteve na pele de Ryan e Marcelo, dois mau-caráteres de épocas diferentes, em Amazônia, novela de Jorge Duran e Denise Bandeira, exibida em 1991. O primeiro vivia no final do século XIX, enquanto o segundo existia no século XXI. Em 1993, na Globo, ele foi Geraldo, um homem violento, que perseguia a esposa, Cláudia (Patrícia França), tentando fugir dele desesperadamente, em Sonho Meu, novela das 18 horas, de Marcílio Moraes. Capanga da assassina Adma (Cássia Kis), em Porto dos Milagres, Eriberto executou muitas maldades a mando da pérfida patroa, por quem era apaixonado, e com quem acabou morrendo lado a lado ao fazê-la tomar do próprio veneno, e em seguida fazendo o mesmo. Em Desejos de Mulher, Bruno atormentou e foi o mais canalha dos homens com Andréa (Regina Duarte). Depois de traí-la e roubá-la, fez com que ela voltasse para ele como se nada tivesse acontecido, quando ela sofreu um acidente e perdeu a memória. Aproveitando-se da fragilidade dela, conseguiu separá-la de seu verdadeiro amor, Diogo (Herson Capri), levando-a de volta pra casa e fazendo-a acreditar que ainda eram um casal apaixonado, com o único intuito de continuar manipulando-a.
Em Senhora do Destino fez Josivaldo, o principal cúmplice de Nazaré em suas tramoias contra Maria do Carmo (Suzana Vieira), sua ex-mulher, a quem abandonou com os cinco filhos ainda crianças, reaparecendo mais de 25 anos depois, somente para extorqui-la. Em 2012, transformou Nilo, de Avenida Brasil, no papel mais marcante de sua carreira. Em Joia Rara, de Thelma Guedes e Duca Rachid, novela das seis de 2013, viveu o rico, duro e arrogante, Ernest Hauser. E foi o grande vilão Gibson, de A Regra do Jogo (2015), de João Emanuel Carneiro, novela das nove, que tinha como principal mistério, a identidade do Pai, líder de uma facção criminosa e cabeça de todas as atrocidades cometidas na história. O Pai, era o milionário da indústria farmacêutica, Gibson Stewart.

RUBENS DE FALCO
O ator Rubens de Falco, falecido em 2008, deixou sua marca na teledramaturgia com vilões assustadores. De tão marcantes suas atuações como homens maus, tem-se a impressão de que fez bem mais personagens maldosos do que apenas os oito dessa lista. Foram eles: Leôncio Almeida, em Escrava Isaura (1976), adaptação de Gilberto Braga para a TV, na Globo, o primeiro e, talvez o pior de todos em sua carreira. Leôncio era cruel, asqueroso e odiável; Samir Hayalla, em O Astro, de 1977, de Janete Clair; foi Vladimir, em Drácula, Uma História de Amor (Tupi) e Um Homem Muito Especial (Band), de Rubens Ewald Filho, em 1980, vivendo o próprio Conde Drácula; dez anos após Escrava Isaura, voltou em Sinhá Moça, como o pai de Lucélia Santos, mas não menos cruel, na pele do Barão de Araruna, em Sinhá Moça (1986), adaptação para a TV, de Benedito Ruy Barbosa; em 1989, deu vida a Abílio Mendonça, em Pacto de Sangue, novela das seis, de Regina Braga e Sérgio Marques, na Globo; um banqueiro que aceita a filha de seu maior credor como garantia de pagamento, casando-se com ela e transformando sua vida em um inferno, era o americano McGregor, em Salomé (1991), de Sérgio Marques, às 18 horas, na Globo; Coronel Tibúrcio foi mais um homem poderoso e cruel, na minissérie de Jorge Furtado, baseada em obra de Rachel de Queiroz, Memorial de Maria Moura (1994), na Globo; e na última e fracassada novela da extinta TV Manchete, Brida (1998), encarnou Vargas, um bruxo poderosíssimo, que antagonizava com a bruxa do bem, Brida (Carolina Kasting).
https://www.youtube.com/watch?v=C_21gNGNLek
NATHALIA TIMBERG
A grande Nathalia Timberg foi bem má em diversos trabalhos. Em sua galeria constam: Eleonora, em Rosa dos Ventos, novela de Teixeira Filho, exibida pela TV Tupi, em 1973; Juliana, a perversa governanta de A Sucessora, de Manoel Carlos, trama das 18 horas da Globo, em 1978; Eva, enfermeira sem escrúpulos, que faz uma troca de bebês, por dinheiro, em Elas por Elas (1982), novela das sete, de Cassiano Gabus Mendes; Constância Eugênia, de O Dono do Mundo (1991), uma das inesquecíveis vilãs escritas por Gilberto Braga para ela; a amarga Nágila, em De Corpo e Alma, novela das oito, de Glória Perez, de 1992; Mãezinha, exploradora de menores de rua, na novela O Campeão, de Mário Prata e Ricardo Linhares, exibida pela Bandeirantes, em 1996; Tereza, maior rival da protagonista, Zazá (Fernanda Montenegro), na novela Zazá, de Lauro César Muniz, em 1997; a terrível e inesquecível Idalina, de Força de Um Desejo, de Gilberto Braga e Alcides Nogueira, novela das seis, de 1999; e Iolanda Mendes, não tão malvada, mas uma trambiqueira de mão cheia, em Celebridade (2003), mais uma de Gilberto Braga.

CARLOS VEREZA
Carlos Vereza também está no rol de atores com muitos vilões no currículo. Ele foi o intérprete de Miro, na primeira versão de Selva de Pedra, de Janete Clair, em 1972. Em Aritana (1978), de Ivani Ribeiro, na Tupi, viveu o mau-caráter Julião. Como Francisco de Montserrat, em Direito de Amar (1987), novela das seis, de Walther Negrão, aceitou Rosália (Glória Pires), filha de um homem que o devia alta quantia em dinheiro, como pagamento pela dívida, casando-se com ela, mesmo sabendo que a moça e seu filho, Adriano (Lauro Corona), estavam apaixonados. Cruel ao extremo, o Senhor de Montserrat, foi um dos mais pérfidos vilões de Vereza. O misterioso Vidal, em De corpo e Alma(1992), de Glória Perez, o próprio coisa ruim. Vilanova, na minissérie A Madona de Cedro (1994), de Walther Negrão. O bandido Amorim, em Cara e Coroa (1995), novela das sete, de Antônio Calmon. Silveira, em Corpo Dourado (1998), de Antônio Calmon. Joaquim, em O Cravo e a Rosa, de Walcyr Carrasco e Mário Teixeira, em 2000. E Ademar, em mais uma novela das sete de Antônio Calmon, Começar de Novo (2004).
HERSON CAPRI
Fechando a lista com os atores que mais interpretaram vilões na carreira, começamos com Herson Capri. Foram 10 seres do mal defendidos pelo ator: Sérgio, em Partido Alto (1984), trama das oito, de Glória Perez e Aguinaldo Silva; Antônio Barjal, em Olho por Olho (1988), da Manchete, novela de José Louzeiro; Carlos, marido estúpido e traído pela esposa Eduarda (Vera Fischer), em Riacho Doce (1990), minissérie de Aguinaldo Silva, baseada na obra de José Lins do Rêgo; o terrível capitão Justo, na minissérie de Vicente Sesso, adaptada do romance de Jorge Amado, Tereza Batista (1992); coronel Teodoro, em Renascer (1993), novela das oito, de Benedito Ruy Barbosa, era o grande inimigo do herói, José Inocêncio (Antônio Fagundes); o empresário criminoso, Marco Monterrey, em Anjo de Mim, novela das seis, de Walther Negrão, em 1996; Arthur Junqueira, em Vila Madalena (1999), outra trama de Negrão, no horário das sete; um mau-caráter covarde era Otaviano, em Cobras e Lagartos (2006), novela das 19 horas, de João Emanuel Carneiro; Horácio Cortez e Otávio, foram os dois últimos vilões que viveu, ambos escritos por Gilberto Braga, o primeiro em Insensato Coração (2011) e o segundo, na famigerada Babilônia (2015).

JOANA FOMM
E finalmente, com o mesmo número de Herson Capri, Joana Fomm. Responsável por vilãs marcantes, Joana é mestra em mulheres más. Sua primeira malvada foi Paula, em Papai Coração (1976), de José Castellar, exibida pela TV Tupi. Depois foi a vez de Yolanda Pratini, em Dancin’ Days (1978), de Gilberto Braga, que também escreveu sua vilã seguinte, em Corpo a Corpo (1984), Lúcia. Às seis da tarde, fez Fausta, em Bambolê (1987), de Daniel Más. Em 1989, seu grande momento, em Tieta, como a beata hipócrita e maluca, Perpétua, na clássica obra de Aguinaldo Silva, baseada em Jorge Amado.
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Em outra trama de Aguinaldo Silva, Fera Ferida (1993), fez a sofisticada, porém repulsiva Salustiana. Eugênia Carlota foi sua vilã seguinte, em nova adaptação de As Pupilas do Senhor Reitor (1995), no SBT, escrita por Lauro César Muniz. Ainda no SBT viveu Yara, em Razão de Viver (1996), novela de Analy A. Pinto e Zeno Wilde. Na Globo, retornou como vilã às 18 horas, em Esplendor (2000), de Ana Maria Moretszohn, foi a paraplégica Olga, deficiente física, mas não por isso menos maléfica. E após um afastamento da TV, retornou em participação especial como outra malvada, em Boogie Oogie (2014), de Ruy Vilhena, onde interpretou Odete.
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