O ator Pedro Paulo Rangel morreu, na manhã desta quarta-feira (21), aos 74 anos, após passar três semanas internado para tratar de uma descompensação do quadro de enfisema pulmonar. Ele sofria de DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), uma enfermidade incurável causada pelo tabagismo.
Com a piora de seu estado de saúde, Rangel estava intubado e respirando com a ajuda de aparelhos. O ator vinha enfrentando as complicações da doença desde novembro. Ele chegou a receber alta para ir para casa, porém seu quadro piorou novamente, sendo necessário voltar ao hospital.
O artista fumou por décadas, vindo a abandonar o vício em 1998. Entretanto, quatro anos depois, ele recebeu o diagnóstico da síndrome que o afligiu até o fim. Em entrevista ao jornal Extra, há dois meses, Pedro Paulo confessou ter se arrependido de começar a fumar.
“Se tem algo de que eu me arrependo profundamente é de ter começado a fumar. Se vejo um fumante, digo: ‘Não faça isso, espelhe-se no meu caso’. Aí conto umas coisas tristes pra impressioná-lo. Hoje em dia, eu só sou viciado em séries, adoro.”
O veterano, que morava sozinho, fazia fisioterapia e atividades físicas com acompanhamento de um profissional para ter uma qualidade de vida dentro do possível. Em reportagem da TV Record, exibida há cinco anos, ele falou sobre a dificuldade que tinha em conviver com a doença, que afetava inclusive a sua memória:
“Eu fico empapuçado de ar e não tenho força para colocá-lo para fora. Quando eu vou tomar banho, me lavo de um lado, descanso, lavo o outro. E para enxugar a mesma coisa. Isso tudo e tomo muita medicação: uma me faz tremer, outra tira a memória, mas tudo é pra eu não entrar em crise.”
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