Em um ano como 2020, em que estamos tendo a chance de revermos tantas novelas que nos marcaram, seja na TV aberta, no Viva ou nas plataformas de streaming, o saudosismo é que nos estimula.
De olho nisso, selecionamos aqui 10 das maiores e mais inesquecíveis vilãs das novelas brasileiras.
Odete Roitman (Beatriz Segall) – Vale Tudo
Empresária milionária, corrupta, preconceituosa e aristocrática, Odete Roitman vivia na Europa por ter aversão ao Brasil, aos brasileiros e aos mais pobres e humildes. Retrato fiel de uma elite corrompida e odiosa, Odete marcou por seus comentários ferinos, cruéis e vexatórios com opiniões carregadas de preconceito.
Ela manipulava abertamente a vida de seus filhos, Afonso (Cássio Gabus Mendes) – jogando-o nos braços de uma alpinista social como Maria de Fátima (Glória Pires) – e Heleninha (Renata Sorrah), uma artista plástica insegura e alcoólatra, por carregar um trauma por culpa da mãe. No final, Odete é assassinada com três tiros à queima-roupa e um grande mistério se inicia para chegar à identidade do assassino da megera.
Flora (Patrícia Pillar) – A Favorita
No início da novela, Flora era uma mulher angelical, inofensiva, que saía da cadeia após cumprir pena pelo assassinato do ex-amante Marcelo (Flávio Tolezani), marido de sua ex-melhor amiga Donatela (Claudia Raia), uma socialite rica e deslumbrada. Flora jurava inocência e acusava Donatela de ter armado para prendê-la.
Em dado momento da trama, uma reviravolta: Flora era, de fato, a perigosa assassina, e Donatela, sua maior vítima. A vilã mata o médico Salvatore (Walmor Chagas), destrói a reputação da ex-amiga e faz com que ela seja presa e condenada pelo crime. Em seguida, conquista a confiança dos milionários familiares de Marcelo e da filha biológica Lara (Mariana Ximenes), que havia sido criada com todo amor e carinho por Donatela.
Nazaré Tedesco (Renata Sorrah) – Senhora do Destino
Nazaré (Adriana Esteves) começa a novela em 1968 como uma prostituta de caráter duvidoso, que forja uma gravidez do amante casado, José Carlos (Tarcísio Filho). Para sustentar sua farsa, ela sequestra Lindalva, a filha recém-nascida da retirante Maria do Carmo (Carolina Dieckmann) e apresenta como sendo sua para o amante.
Mais de vinte anos depois, José Carlos (Tarcísio Meira) descobre as mentiras da mulher e é assassinado por ela, empurrado escada abaixo. Completamente louca, Nazaré era capaz de tudo para manter Lindalva (Carolina Dieckmann) afastada da mãe biológica, Maria do Carmo (Susana Vieira). Além de sua escada assassina e de ameaçar pessoas a tesourada, Nazaré tinha uma autoestima inabalável e vivia fazendo elogios para si mesma diante de um espelho.
Laura (Cláudia Abreu) – Celebridade
Invejosa, dissimulada e inspirada na personagem principal do filme “A Malvada”, Laura começa a trabalhar como assistente pessoal da rica e bem-sucedida empresária artística Maria Clara Diniz (Malu Mader) no início da novela. Se fazendo passar por admiradora da patroa, Laura esconde uma inveja doentia pelo fato da ex-modelo ter enriquecido às custas do sucesso de uma canção que havia sido composta em homenagem à sua mãe – e roubada pelo noivo de Maria Clara.
Infiltrada na casa da empresária, Laura consegue derrubá-la e a leva à ruína, tomando sua mansão e sua produtora de shows. Na sarjeta e vendo a vilã triunfar no show business, Maria Clara percebe que foi enganada e se vinga, dando uma memorável surra na safada no banheiro de uma boate.
Raquel (Glória Pires) – Mulheres de Areia
A história das irmãs gêmeas idênticas mas de personalidades antagônicas trazia a disputa da doce e sensível Ruth (Glória Pires) e da malvada Raquel pelo rico empresário Marcos (Guilherme Fontes). Enquanto Ruth o amava sinceramente, Raquel destruía o romance dos dois para se casar com o playboy e colocar as mãos em sua fortuna.
Em determinado momento na história, as gêmeas sofrem um acidente de barco e Raquel é dada como morta. Ruth, confundida com a irmã pela aliança estar no seu dedo, não tem coragem de desfazer a farsa para ficar ao lado de Marcos. Viva e com sede de vingança, Raquel volta para destruir a vida da gêmea boa e do ex-marido.
Cristina (Flávia Alessandra) – Alma Gêmea
A loira má da novela de época era apaixonada pelo rico botânico Rafael (Eduardo Moscovis), mas o perde para a prima, a bailarina Luna (Liliana Castro). Revoltada com a felicidade do casal, Cristina orquestra um assalto contra eles para roubar as joias que a prima havia recebido de herança familiar. No assalto, Luna é assassinada e reencarna como Serena (Priscila Fantin), uma mestiça que chega na cidade vinte anos mais tarde para lutar por Rafael.
Cristina não admite perder o amado duas vezes para a mesma mulher e começa a armar uma série de planos diabólicos com a ajuda da mãe, a fria e calculista Débora (Ana Lúcia Torre), para separar Rafael e Serena. No final da novela, Cristina consegue matar o botânico, e a mestiça também morre, vítima de um infarto. O diabo, para quem a vilã havia prometido sua alma, surge para levá-la para dentro de um espelho em chamas.
Maria Altiva (Eva Wilma) – A Indomada
A beata fervorosa de Greenville, no sertão nordestino, era capaz de tudo para manter o nome de sua família. Para isso, conspira contra o romance da cunhada Eulália (Adriana Esteves) com um humilde cortador de cana, Zé Leandro (Carlos Alberto Ricelli). O casal morre pouco depois de ter uma filha, Lúcia Helena (Leandra Leal), que é praticamente vendida por Altiva para o rico comerciante turco Teobaldo Faruk (José Mayer) para salvar a família da falência.
Anos depois, Helena (Adriana Esteves) volta da Europa e precisa se casar com Teobaldo. Altiva perseguia a todos que considerava indecentes e clamava pelo raio divino contra a cafetina Zenilda (Renata Sorrah), mas era cúmplice do político corrupto Pitágoras (Ary Fontoura) e havia abandonado um filho ao nascer, o especial Emanoel (Selton Mello). No último capítulo, após atear fogo num casebre para matar Helena, Altiva desaparece em meio às chamas e seu rosto surge nas nuvens do céu da cidade, prometendo voltar um dia.
Andréia (Natália do Vale) – Cambalacho
A perigosa da trama era uma mulher bela, jovem e sensual que se casa, no início, com um velho milionário, Antero (Mário Lago), e não abre mão de matá-lo na lua-de-mel para herdar sua fortuna. Para azar da pilantra, Antero havia recém reencontrado uma filha bastarda, a trambiqueira Naná (Fernanda Montenegro), e deixado todos seus bens para a cambalacheira.
Naná se torna a maior pedra no sapato de Andreia, que além de querer tirá-la de seu caminho, não media esforços para destruir o casamento da irmã, a doce advogada Amanda (Susana Vieira), por ser completamente obcecada pelo cunhado, o também advogado Rogério (Cláudio Marzo). Para todos seus golpes, a salafrária contava com a ajuda do comparsa Athos (Flávio Galvão).
Branca (Susana Vieira) – Por Amor
Rica, autoritária, soberba e péssima mãe. Assim era Branca Letícia de Barros Mota, que fazia questão de deixar claro suas preferências entre os filhos: o queridinho era Marcelo (Fábio Assunção), o rejeitado e maltratado era Léo (Murilo Benício). Com a bela Milena (Carolina Ferraz) ela tinha uma relação conflituosa pelo fato da moça namorar um rapaz de origem humilde, Nando (Eduardo Moscovis). Para separá-los, Branca não hesita em armar para colocar o jovem atrás das grades.
No final da novela, um segredo de Branca é revelado: ela superprotege Marcelo por achar que o rapaz é fruto de um romance extraconjugal que ela tivera com Atílio (Antônio Fagundes), o homem que ela sempre amou, mas por quem nunca foi correspondida. Um exame de DNA faz saber que Léo, que a mãe bruaca sempre tratou feito cão sarnento, era o verdadeiro fruto dessa pulada de cerca. Falida, Branca termina sozinha e abandonada em seu casarão, tomando um drink com a própria empregada.
Carminha (Adriana Esteves) – Avenida Brasil
A mais famosa das vilãs recentes é certamente essa madrasta má pra ninguém botar defeito. A golpista do Divino é casada com Genésio (Tony Ramos), viúvo pai da pequena Rita (Mel Maia). Com a ajuda do amante Max (Marcello Novaes), Carminha convence o marido a vender a própria casa, rouba o dinheiro da transação e abandona a pequena Rita em um lixão depois que Genésio morre atropelado pelo rico jogador de futebol Jorge Tufão (Murilo Benício).
Sentindo-se culpado, Tufão decide amparar a viúva negra e se casa com ela, que ainda consegue jogar Max nos braços da irmã solteirona de Tufão, Ivana (Letícia Isnard). Anos mais tarde, Rita (Débora Falabella) retorna, já adulta, com a identidade de Nina para trabalhar como cozinheira na casa de Tufão e executar um plano de vingança contra a víbora. Os embates entre as duas eram marcantes. Quando descobre que Nina é Rita, Carminha não hesita em enterrar a inimiga viva para tirá-la de circulação.
Discussão sobre este post