A Globo demorou mais do que o normal para sancionar sua decisão para o “Vale a Pena Ver de Novo” desta vez. Já sabemos, porém, que a escolhida foi “Avenida Brasil” (2012), que deverá ter suas primeiras chamadas divulgadas a partir de 25 de setembro. A trama substituirá “Por Amor” a partir dos primeiros dias de outubro.
O que ninguém imaginava é que, antes da eleição da novela de João Emanuel Carneiro, uma verdadeira queda de braços aconteceu nos bastidores da Globo. De acordo com informações apuradas pelo site NaTelinha, a decisão pela próxima reprise teria causado discórdia e embates entre poderosos de duas cúpulas importantes da emissora: Produção e Dramaturgia.
A saga, segundo o site, começou em junho, quando o departamento de programação, responsável pela sessão vespertina de repetecos, teria pedido sugestões de sucessoras para “Por Amor” a outras diretorias. Neste contexto, foi ventilada a ideia de escalar “América” (2005), como forma de agrado à autora Glória Perez, que havia acabado de deixar as funções como executiva de séries da Globo.
A ideia, contudo, teria sido rejeitada logo depois, por medo do folhetim se tornar um fracasso como outras recentes produções do horário nobre dos anos 2000: “Celebridade” e “Belíssima”, assim como “América”, fizeram grande sucesso às 21h, mas amargaram baixos índices de audiências em suas reexibições.
Com a queda da história de Glória Perez, duas novas sugestões passaram a ser estudadas: “Páginas da Vida” (2006) e “Êta Mundo Bom!” (2016). O diretor de teledramaturgia diária, Sílvio de Abreu, teria sido o principal avalista para a escolha da novela de Walcyr Carrasco. Em documento, o setor de dramaturgia argumentou que a escolha por outra história de Manoel Carlos era uma ideia segura para manter os espectadores de “Por Amor”, enquanto a trama caipira teria força por ser o maior sucesso da década na faixa das 18h.
Foi então que o setor de produção da Globo interviu, criticando as escolhas: “Páginas da Vida” poderia saturar o estilo de Maneco, enquanto “Êta Mundo Bom!” correria o risco de ser rejeitada por ser recente demais.
Paralelamente, a Globo teria enviado, há duas semanas, “Avenida Brasil” para a ilha de edição, a fim de agilizar a trama de João Emanuel Carneiro para o caso do impasse continuar. A confusão começou aí: o setor de dramaturgia bateu o pé por “Êta Mundo Bom!” e convidou o protagonista Sérgio Guizé a gravar chamadas. A reprise de “Avenida Brasil” era dada como certa para 2020, como forma de celebrar os 55 anos da Globo.
No final, foi batido o martelo pela história de Nina e Carminha (Débora Falabella e Adriana Esteves) durante reunião entre Silvio de Abreu e Carlos Henrique Schroder, diretor geral da Globo, na última sexta (13).
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