Em Cabocla, Boanerges (Tony Ramos) e Emerenciana (Patrícia Pillar) estão prestes a viver o momento mais triste de suas vidas: a tão esperada chegada de seu filho termina em tragédia. Em meio à expectativa, o bebê nasce morto, deixando a família e a comunidade de Vila da Mata abaladas. O episódio é uma das passagens mais emocionantes da trama.
Quando Emerenciana entra em trabalho de parto, todos se preparam para receber o novo membro da família. Generosa (Vera Holtz) assume o papel de parteira, com Maria (Edyr de Castro) e Ritinha (Aisha Jambo) ao seu lado, enquanto Boanerges, cheio de esperança, sonha em ter logo em seus braços o herdeiro que vai perpetuar seu nome.
Tão confiante de que será um menino, o coronel até se afasta da esposa por medo de pressioná-la, sem imaginar que o pior está por vir.
Enquanto Boanerges se embriaga de antecipação e faz planos grandiosos para o futuro do “rapinha de tacho”, a notícia devastadora chega: o bebê, embora menino, nasce sem vida. “Nasceu morto”, informa Generosa, explicando que a criança estava com o cordão umbilical enrolado no pescoço.
A alegria da casa desmorona. “Eu já tinha inté pensando num nome pra ele… Pro meu minino… Por que Deus fez isso cumigo? Por que ele foi levá o meu minino?”, lamenta-se o fazendeiro diante da imagem da santa na sala.
Luís Jerônimo (Daniel de Oliveira) também tenta confortar Emerenciana, que entra em desespero, implorando por um milagre que nunca virá. “Bate nele ocê, primo… Dá umas parmada, cum força, pra ver se ele chora”, pede ela. Belinha (Regiane Alves) atende as súplicas da mãe pede, segurando o irmão no colo, mas a criança, infelizmente, é apenas um embrulho sem vida. A cena é de cortar o coração.
O funeral do bebê é igualmente comovente. A tradição local é seguida, e todos vestem branco em um cortejo silencioso e doloroso. Boanerges carrega o pequeno caixão, símbolo de todos os seus sonhos destruídos — assista a cena aqui.