A atriz Regina Duarte aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro e será a nova Secretária Especial de Cultura do governo federal.
No último final de semana, o antigo secretário, Roberto Alvim, foi demitido ao se envolver em uma polêmica, postando um vídeo com discurso nazista em suas redes sociais.
Em seguida, Bolsonaro convidou Regina Duarte, sua fiel apoiadora desde a época da campanha eleitoral de 2018, para assumir o cargo. O presidente cogitou até mesmo devolver à pasta a denominação de Ministério da Cultura caso a atriz aceitasse o convite.
Após uma reunião presencial com o presidente na tarde desta segunda (20), no Rio de Janeiro, Regina decidiu aceitar o convite.
Com esta decisão, a eterna namoradinha do Brasil deixa definitivamente a TV Globo, de onde foi a grande estrela desde os anos 1960. Regina Duarte foi a heroína da primeira novela de Janete Clair que consolidou o gênero como ele é hoje, “Véu de Noiva” (1969).
Ela emendou uma série de personagens marcantes, como Simone em “Selva de Pedra” (1972), Viúva Porcina em “Roque Santeiro” (1985), Raquel em “Vale Tudo” (1988), três Helenas de Manoel Carlos (“História de Amor” [1995], “Por Amor” [1977] e “Páginas da Vida” [2006]), Maria do Carmo em “Rainha da Sucata” (1990) e Clô em “O Astro” (2011).
Alinhada ao antipetismo desde 2003, quando Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao poder pela primeira vez, Regina Duarte coleciona inimizades dentro do meio artístico por seu alinhamento à extrema-direita da gestão Bolsonaro. Seu principal desafeto é o ator José de Abreu, apoiador explícito do Partido dos Trabalhadores e ferrenho crítico do atual governo.
Abreu debochou de Regina Duarte, a quem acusa de só conseguir atuar utilizando ponto eletrônico, ao saber do convite que a atriz recebeu para integrar a equipe ministerial de Bolsonaro.
Em suas redes sociais, a agora secretária, recentemente, teceu novos elogios ao presidente, a quem considera um homem gentil e “das antigas”.
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