É cada vez mais comum que mulheres fortes se tornem as protagonistas das novelas, e os homens sejam relegados a meros parceiros das heroínas. Foi-se o tempo em que o principal conflito da mocinha da novela era conseguir viver feliz ao lado de seu grande amor.
Em alguns casos, o público até mesmo torce para que as protagonistas terminem sozinhas, provando que mulher nenhuma precisa de homem para ser realizada. Luz (Marina Ruy Barbosa), heroína de “O Sétimo Guardião”, terminou sozinha e bem-sucedida como arqueóloga. Em “A Dona do Pedaço”, ninguém queria que Maria da Paz (Juliana Paes) se entendesse com nenhum dos seus insossos pretendentes, mas sim que recuperasse sua fábrica de bolos.
Atualmente, a novela das 18h, “Éramos Seis”, tem como personagem central a sofrida matriarca Lola (Glória Pires), cujo principal objetivo é ver os filhos felizes e unidos perto dela. Já às 19h, chega ao fim “Bom Sucesso”, em que Paloma (Grazi Massafera) construiu uma relação fraternal com Alberto (Antônio Fagundes), ensinando o rabugento livreiro a encarar a vida com mais leveza em seus últimos meses.
Na faixa das 21h, a guerreira Lurdes (Regina Casé) luta com unhas e dentes pela felicidade dos filhos, enquanto Vitória (Taís Araújo) tem seus erros e acertos enquanto mãe, e Thelma (Adriana Esteves), do seu jeito torto, só quer que o filho seja feliz. Relembre agora sete mocinhos dispensáveis e que agiram mais como antagonistas do que como os galãs de suas heroínas.
Theo, de “Salve Jorge” (2012)
Theo (Rodrigo Lombardi) foi apelidado pelos internautas de PasTheo, pois só fazia Morena (Nanda Costa) sofrer. Paspalho, era um quarentão que se deixava manipular pela mãe, era mulherengo e sequer deu ouvidos quando Morena falou com ele a respeito de tráfico humano, em um sutil pedido de socorro. Para se vingar da bandida Lívia (Cláudia Raia), Theo a seduziu e transou com a vilã.
Marcelo, de “Por Amor” (1997)
O mimado e machista Marcelo (Fábio Assunção) traiu a amada Eduarda (Gabriela Duarte) e chegou até mesmo a estapeá-la durante uma discussão. Era arrogante, tinha um ciúme exagerado da mulher com César (Marcelo Serrado) e tratava a ex-noiva, Laura (Vivianne Pasmanter), como um cão sarnento.
César, de “Mulheres Apaixonadas” (2003)
Impossível deixar José Mayer de fora dessa lista. Acostumado a garanhões misóginos e mulherengos, o médico César não foi diferente. Traía a mulher, que morre no primeiro capítulo, com a assistente Laura (Carolina Kasting), a quem troca pela médica residente Luciana (Camila Pitanga), e depois por Helena (Christiane Torloni). No último capítulo, já casado com Helena, César flerta com uma desconhecida.
Jorginho, de “Avenida Brasil” (2012)
Chato, chorão e inseguro, Jorginho (Cauã Reymond) era o responsável por boa parte dos problemas da justiceira Nina (Débora Falabella). O jogador de futebol era incapaz de compreender as motivações da amada e só sabia atrapalhar seu plano de vingança. Também era birrento com a mãe, Carminha (Adriana Esteves), de graça. Embora fosse uma bruaca, a loira má, é verdade, sempre tratou o filho com todo amor e carinho.
Lucas, de “O Clone” (2001)
Difícil era aguentar Lucas (Murilo Benício), o inseguro, depressivo e carente mocinho da novela de Glória Perez. Por sua culpa, Jade (Giovanna Antonelli) sofreu a novela inteira. É verdade que Lucas era covarde e não lutava por Jade da mesma forma que a muçulmana por ele, mesmo que para ele, as consequências de abandonar um casamento seriam muito menos danosas do que para ela.
Bento, de “Sangue Bom” (2013)
Bento (Marco Pigossi) passou a novela inteira correndo atrás da mau-caráter Amora (Sophie Charlotte) e brigava com qualquer um que tentasse alertá-lo sobre as armações da patricinha. Nunca deu um voto de confiança às amigas Malu (Fernanda Vasconcellos) e Giane (Isabelle Drummond), que eram duas pessoas de sua inteira confiança. Em uma cena, ao se revoltar com Amora ao perceber o caráter da amada, lhe dá uma violenta bofetada, piorando sua situação.
Inácio, de “Tempo de Amar” (2017)
O romance entre Inácio (Bruno Cabrerizo) e Maria Vitória (Vitória Strada) era muito complicado e cheio de percalços. No entanto, o público não conseguiu torcer para que eles terminassem juntos por um simples motivo: Inácio era um mala sem alça. Fraco e covarde, ele se permitiu ter sua vida manipulada por Lucinda (Andreia Horta), se acomodou ao se casar com a megera e nunca esteve ao lado de Maria Vitória enquanto ela lutava contra tudo e contra todos para reencontrá-lo. Não a toa, a mocinha ficou com o apaixonado Vicente (Bruno Ferrari).
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