Em Renascer, Egídio (Vladimir Brichta) instiga uma briga com João Pedro (Juan Paiva), mas acaba levando a pior, ficando com a cara amassada de tanto apanhar. Impotente, Sandra (Giullia Buscacio) assiste à cena horrorizada, incapaz de deter a fúria do marido contra seu pai.

O estopim para a contenda ocorre de maneira casual na venda de Norberto (Matheus Nachtergaele), onde Egídio e João Pedro se encontram. O vilão aproveita a oportunidade para alfinetar o genro, mencionando o fato de Mariana (Theresa Fonseca) ter abandonado José Inocêncio (Marcos Palmeira).
O tabaréu fica tenso com a conversa, o que só estimula o sogro a intensificar suas provocações.
Malicioso, Egídio sugere que o jovem estaria ansioso para abandonar sua própria família e correr atrás da ex-madrasta.
O infeliz agrava a situação ao afirmar que João Pedro não teria tantos problemas caso fizesse isso, já que o pai dele iria rejeitar a neta de qualquer forma. Inocêncio, afinal, nunca sequer aceitou bem o filho.
As palavras atingem o mocinho como uma lâmina, exacerbando seus sentimentos de rejeição e desencadeando uma reação explosiva.
João Pedro agarra Egídio pelo colarinho, exigindo que o sogro repita o que acabou de dizer na sua cara, caso seja homem.
“O quê? Que teu pai vai enjeitar essa criança… Como fez com você? Ou que você está doido para se livrar dela e de Sandra para correr atrás de Mariana?”
Egídio
A afronta descarada do coronel incendeia ainda mais a raiva de João, que desfere um soco na cara dele. Não satisfeito, ele joga o vilão para fora da venda e continua espancando-o no meio da rua, para desespero de Sandra.
A gestante corre para tentar acabar com a confusão, mas o marido não para de esmurrar o sogro enquanto sua raiva não passa.
Mesmo assim, Egídio não fecha a matraca e ainda destila seu veneno nos ouvidos na filha. “Só disse que Mariana estava soltinha, soltinha… Esperando por ele”, fala o traste, querendo apanhar ainda mais.
Luto

Durante a briga, Sandra começa a passar mal e precisa ser levada às pressas ao hospital. A médica, ao detectar que os batimentos cardíacos da bebê estão enfraquecendo, realiza uma cesariana de emergência.
No entanto, todos os esforços são em vão. A menininha não sobrevive, e João Pedro fica completamente devastado. A dor da perda se mistura à culpa, corroendo-o por dentro. Ele se martiriza por não ter agido a tempo para salvar sua filha.
“Eu não tinha nada que ter deixado ela naquele estado! Não tinha nada que ter me pegado com aquele filho d’uma ‘misera’ do pai dela!”
João Pedro
Encarando-se no espelho, o protagonista extravasa seu desespero e esmurra o reflexo, tentando dissipar sua dor, partindo a imagem de seu rosto em mil pedaços.
A tragédia acaba destruindo destruindo o laço entre João Pedro e Sandra. “Nosso casamento acabou, João!”, diz a personagem de Giullia Buscacio.

“Que conversa é essa? Você quer se ver livre de mim?”, questiona ele. “Eu estou querendo dizer que você está livre”, afirma a mocinha.
Trama inédita
A morte da filha de Sandra e João Pedro é mais uma mudança significativa que o remake faz em relação à novela original. A novidade, porém, tem um propósito. Conforme escreveu nos roteiros entregues à produção, o autor Bruno Luperi quer abordar o luto perinatal:
“Iremos falar de luto perinatal, um tema tão importante e sensível quanto pouco difundido na sociedade. A ideia é jogarmos luz sobre o quanto é urgente que se crie um protocolo para que hospitais lidem com essa situação de forma humanizada.”
Em 1993, a personagem de Luciana Braga deu à luz uma menina saudável e o drama se desenhou de maneira diferente. Declaradamente contra o casamento de João Pedro (Marcos Palmeira) com a herdeira de seu inimigo, José Inocêncio (Antônio Fagundes) rejeitou a neta após o nascimento.
Mas, ao ver o outro avô, Teodoro (Herson Capri), cada vez mais próximo da criança, o fazendeiro mudou de opinião e até chegou a levá-la para sua casa, passando por cima da vontade dos pais.
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