Em Tieta, sem mais nem menos, Perpétua (Joana Fomm) põe fim à sua encenação de cegueira e decide tirar proveito do romance secreto de Tieta (Betty Faria) e Ricardo (Cássio Gabus Mendes). Ela ameaça espalhar o caso pela cidade inteira, prometendo um escândalo que mancharia para sempre o nome da família — a menos, claro, que a irmã ceda às suas exigências.
A vilã, com uma ambição insaciável, enxerga na relação proibida uma oportunidade de ouro para garantir sua parte na fortuna de Tieta. Ela propõe algo inusitado: a tia deve se casar com o sobrinho, em regime de comunhão total de bens, para que o dinheiro fique ao alcance de suas mãos.
Perpétua detona que não há perdão para o pecado de Tieta. “Vai ver que começou tudo no meu quarto, você se aproveitou de minha inocência”, provoca ela. “Não vem se fazer de inocente dizendo que não sabia, que tu sabia de tudo fazia muito tempo”, retruca a protagonista.
A jararaca, porém, não se abala com as acusações. Fingindo indignação, ela lamenta o destino do primogênito, que largou o seminário e “perdeu a graça divina” por culpa da tia. “Eu te recebi na minha casa porque achei que você tinha mudado. Mas você não mudou nada, continua a mesma depravada de antes”, dispara.
E Tieta não se cala: “Tu jogou Cardo pra cima de mim. Quando eu quis ir embora antes do tempo, justamente por causa disso, tu mandou o menino lá em Mangue Seco atrás de mim. Tu empurrou o filho em cima da tia por causa do meu dinheiro!”.

Sem um pingo de pudor, Perpétua exige uma indenização pelos “danos” causados a Ricardo. Cansada, Tieta pega uma mala repleta de dólares e, num gesto de desprezo, joga o dinheiro na cara do urubu perebento: “É dinheiro que tu quer? Eu dou. Eu pago essas perdas e danos, esse prejuízo moral. Faço isso agora, sem pestanejar”.
Mas Perpétua, insaciável, vai além e exige que Tieta adote seus dois filhos. A ideia deixa Tieta atônita. “Tu quer que teus filhos se tornem meus herdeiros? Não se importa que eu vire mãe daquele que é meu homem?”, pergunta ela, com a voz embargada.