Aos 28 anos, Carla Diaz se prepara para viver um papel polêmico. Ela vai interpretar Suzane von Richthofen no filme que contará a história de um dos mais lembrados casos policiais do Brasil. O crime aconteceu em 2002, mas até hoje gera muita revolta. Tanto que a atriz foi detonada nas redes sociais ao ser anunciada como protagonista do longa, há dois meses.
Agora, passado o burburinho, Carla diz que avaliou as críticas que recebeu e decidiu que não quer encontrar Suzane, que cumpre pena em uma penitenciária do interior de São Paulo. As informações são do Notícias da TV.
“Não tem necessidade [de conhecê-la]. Eu respeito todas as opiniões. Mas não é a primeira vez que o cinema retrata uma trama polêmica ou um crime bárbaro, né? Claro que é difícil entender como uma filha pode cometer uma atrocidade dessas com os pais. Chocou e ainda choca as pessoas”, explica.
“O meu trabalho é ficção. A Suzane vai estar lá presa, cumprindo sua pena, e eu aqui trabalhando.”
O filme, definido como “thriller psicológico de suspense”, deve se chamar “A Menina que Matou os Pais” e ainda não tem data de lançamento prevista. Mas Carla Diaz, que estudou até o jeito de olhar da jovem criminosa, não esconde sua ansiedade.
“Estamos bem no início. Tivemos alguns encontros, reuniões, leituras e ensaios. A previsão de começar a rodar é início de setembro ou no máximo no mês seguinte. Estou ansiosa porque é um grande desafio na minha carreira. Sinto até um friozinho na barriga”, assume.
Mauricio Eça, que vai dirigir a história, disse ao G1 que o roteiro se concentrará no contexto do crime, porém dando destaque para o que aconteceu bem antes dele. Ele promete “detalhes e discussões nunca antes debatidos sobre o caso”.
O crime
Na noite do dia 31 de outubro de 2002, Suzane abriu a porta da mansão da família no Brooklin, em São Paulo, para que o namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian, pudessem cumprir um plano macabro. Dentro da residência, os irmãos se dirigiram ao segundo andar e mataram Manfred e Marísia Richthofen, pais da jovem, com marretadas na cabeça enquanto dormiam.
Suzane foi condenada a 39 anos de prisão por ter sido considerada mentora da ação e segue presa em Tremembé (SP).
Daniel já cumpre pena no regime aberto. Cristian estava no mesmo regime, mas foi preso em 2018 após se envolver em uma confusão em um bar de Sorocaba (SP).
A pesquisa para reconstituição da história no filme durou cerca de seis meses e analisou arquivos públicos do julgamento, desde o assassinato até a condenação do trio quatro anos depois.
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