
Em Renascer, João Pedro (Juan Paiva) fica com o coração sangrando ao receber a notícia da morte da bebê que Sandra (Giullia Buscacio) está esperando. A tragédia, que não existiu na versão original da novela, abala profundamente o jovem, que se vê afundado em um poço de arrependimento e angústia com a perda da filha.
A sequência dramática está prevista para ser exibida na segunda quinzena de julho, de acordo com informação do Notícias da TV.
João Pedro se culpa pela morte da filha
Sandra, ainda no sétimo mês de gestação, começa a passar mal ao tentar apartar uma briga entre João Pedro e Egídio (Vladimir Brichta) no meio da rua.
Cego de raiva ao ser provocado pelo sogro, o filho de José Inocêncio (Marcos Palmeira) dá uma surra nele e não percebe a situação delicada da mulher, que tem um grave descolamento de placenta.
No meio do pega pra capar, Sandra é socorrida e levada às pressas para o hospital por Eliana (Sophie Charlotte). A médica, ao detectar que os batimentos cardíacos da bebê estão enfraquecendo, realiza uma cesariana de emergência.
No entanto, todos os esforços são em vão. A menininha não sobrevive, e João Pedro fica completamente devastado. A dor da perda se mistura à culpa, corroendo-o por dentro. Ele se martiriza por não ter agido a tempo para salvar sua filha.
“Eu não tinha nada que ter deixado ela naquele estado! Não tinha nada que ter me pegado com aquele filho d’uma ‘misera’ do pai dela!”
João Pedro
Encarando-se no espelho, o protagonista extravasa seu desespero e esmurra o reflexo, tentando dissipar sua dor, partindo a imagem de seu rosto em mil pedaços.
Deocleciano (Jackson Antunes) chega e contém o afilhado, impedindo-o de se machucar ainda mais. Desolado, João Pedro questiona o sentido da tragédia que lhe foi imposta:
“Por que, padinho? Por quê? Por que levaram minha filha de mim… Sem eu nem conhecer ela direito! Sem eu nem ter pegado ela no colo!”
“Porque… Tinha que ser, João”, responde o marido de Morena (Ana Cecília Costa). “Não tinha que ser assim… Não tinha… Não era pra nada disso tá acontecendo na minha vida… Não é justo isso… Não é…”, continua João, chorando muito.
“Quem disse que a vida é justa o tempo todo? Às vezes ela só é o que tem que ser… Mas chega um dia que a gente vai entender o sentido disso tudo.”
Deocleciano
Mas para João Pedro, esse dia parece distante, e a compreensão da dor que sente agora é quase impossível. “Eu nunca vou entender Deus fazer uma coisa dessas!”, diz ele, inconsolável.

Trama inédita
A morte da filha de Sandra e João Pedro é mais uma mudança significativa que o remake faz em relação à novela original. A novidade, porém, tem um propósito. Conforme escreveu nos roteiros entregues à produção, o autor Bruno Luperi quer abordar o luto perinatal:
“Iremos falar de luto perinatal, um tema tão importante e sensível quanto pouco difundido na sociedade. A ideia é jogarmos luz sobre o quanto é urgente que se crie um protocolo para que hospitais lidem com essa situação de forma humanizada.”
Em 1993, a personagem de Luciana Braga deu à luz uma menina saudável e o drama se desenhou de maneira diferente. Declaradamente contra o casamento de João Pedro (Marcos Palmeira) com a herdeira de seu inimigo, José Inocêncio (Antônio Fagundes) rejeitou a neta após o nascimento.
Mas, ao ver o outro avô, Teodoro (Herson Capri), cada vez mais próximo da criança, o fazendeiro mudou de opinião e até chegou a levá-la para sua casa, passando por cima da vontade dos pais.
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