A Record está preparando grandes mudanças para 2025. Para abrir espaço ao Campeonato Brasileiro de Futebol, que demandará a contratação de cerca de 100 novos profissionais, a emissora prepara cortes drásticos e alteração na programação, incluindo a extinção de programas tradicionais e até 150 demissões. As informações são do Notícias da TV.
Uma das primeiras baixas será o Câmera Record, que sairá do ar em dezembro. O jornalístico dominical dará lugar a uma mesa-redonda esportiva comandada por Cléber Machado, uma exigência da parceria com a Liga Forte União (LFU), responsável por clubes como Corinthians e Vasco. Com isso, Roberto Cabrini assumirá o comando do Domingo Espetacular ao lado de Carolina Ferraz.
O Repórter Record Investigação também vai rodar: a produção atual será concluída, mas não haverá novos episódios em 2025. Outros cortes incluem o Domingo Record, comandado por Rachel Sheherazade. A atração, lançada em agosto, será cancelada por baixa audiência.
Contratada por temporada, Sheherazade deve ser dispensada pela emissora, uma vez que não há novos projetos para ela.
A Record decidiu que não produzirá o reality A Grande Conquista no próximo ano, preferindo voltar com o Power Couple Brasil entre abril e junho. O casal de jornalistas Felipe Andreoli e Rafa Brites, que deixaram a Globo recentemente, será os apresentadores.
Uma incerteza paira sobre o futuro de Rodrigo Faro na casa. O Hora do Faro pode ser encerrado devido à transmissão de jogos de futebol aos domingos, que ocuparão boa parte do horário nobre.
O contrato do apresentador termina em 31 de dezembro, e, até agora, os executivos ainda não sinalizaram o desejo de renová-lo.
Embora alguns defendam que Faro migre para formatos de temporada, como o Canta Comigo, a tendência é que ele encerre sua trajetória de 16 anos na emissora. A decisão final é aguardada para a semana que vem.
Essas mudanças têm um objetivo claro: priorizar o futebol, visto como a grande aposta da Record para atrair público e aumentar a receita nos próximos anos.
Com um investimento pesado nos direitos de transmissão, que custaram cerca de R$ 215 milhões, o canal já garantiu o patrocínio de grandes marcas, como Magalu e Burger King.
Embora as expectativas sejam altas, o futebol não deve gerar lucro significativo em seu primeiro ano devido aos altos custos de produção e despesas operacionais.
Mesmo assim, a Record aposta que essa estratégia renderá frutos a médio prazo, com 2025 sendo o ponto de partida para um novo ciclo na emissora — mesmo que ele comece com cortes dolorosos.
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