A inescrupulosa Catarina (Bruna Marquezine), de “Deus Salve o Rei”, é uma mulher capaz de passar por cima de quem precise para atingir seus objetivos ambiciosos e para ficar com Afonso (Rômulo Estrela). Para tanto, a vilã já foi capaz de armar uma guerra que resultou na morte de muitos inocentes, como Demétrio (Tarcísio Filho). Além disso, deu fim na vida do ex-comparsa Constantino (José Fidalgo) e tramou o assassinato da rival Amália (Marina Ruy Barbosa) e do ex-noivo dela, Virgílio (Ricardo Pereira), que se salvaram.
Nos próximos capítulos da novela das sete, Catarina decretará o fim de Diana (Fernanda Nobre), que conhece uma a uma de suas maldades. A amiga de Amália será usada pela ruiva como isca para desmascarar a megera. Além disso, a rainha de Artena também causou a morte de mais inocentes quando armou a explosão da mina de ferro de Montemor, como forma de falir o reino e obrigar Afonso a se casar com ela.
Mas a malvada não está sozinha nesta. Relembre outras vilãs capazes de eliminar, friamente, quem quer que atravessasse seus caminhos.
1. Adma (Cássia Kis) – “Porto dos Milagres” (2001)
A vilã da novela de Aguinaldo Silva era completamente apaixonada pelo marido, o crápula Félix (Antônio Fagundes). Para que ele assumisse o poder no lugar do irmão gêmeo, Bartolomeu (Antônio Fagundes), na cidade de Porto dos Milagres, Adma matou o cunhado por envenenamento logo no início da história. Ela levava no dedo sempre um enigmático anel, onde escondia uma substância tóxica que utilizava para assassinar quem precisasse. Deste modo inusitado, Adma matou a cafetina dona Coló (Glória Menezes) e sua irmã Celeste (Eloísa Mafalda). Tudo porque Coló foi a testemunha de outro assassinato cometido por ela. A irmã da cafetina, ao procurá-la, também foi morta.
A bruxa havia encomendado a morte da prostituta Arlete (Letícia Sabatella), que havia tido um filho com Bartolomeu, e do bebê, mas este escapou e se tornou Guma (Marcos Palmeira), o herói justiceiro da história. A vice-prefeita da cidade, Epifânia (Cláudia Alencar), é outra vítima fatal de Adma.
No capítulo final da trama, a vilã tenta envenenar o próprio capataz que a ajudara em seus crimes, Eriberto (José de Abreu), mas ele a engana e Adma morre com o próprio veneno. Enlouquecido, o criminoso se suicida ao lado da mulher que sempre amou platonicamente.
2. Bia Falcão (Fernanda Montenegro) – “Belíssima” (2005)
A novela está em cartaz no “Vale a Pena Ver de Novo”, portanto, para quem não se lembra de detalhes da trama e quer evitar spoilers, pule para o próximo tópico.
A megera criada por Sílvio de Abreu era uma empresária esnobe, preconceituosa e manipuladora, que queria se tornar a única dona do Grupo Assumpção, presidido pela neta, Júlia (Glória Pires). Além disso, Bia tinha verdadeiro asco à esposa do neto, Pedro (Henri Castelli): a ex-menina de rua Vitória (Cláudia Abreu). No início da novela, Pedro é assassinado a tiros, por obra que mais tarde descobre-ser ser de Bia, já que a vilã havia contratado um capanga para eliminar Vitória, mas o bandido errou o alvo.
No decorrer da trama, a interesseira Valdete (Leona Cavalli) morre numa armadilha preparada por Bia, no acidente de carro que todos pensam vitimar a vilã. Quando retorna, ela também encomenda o assassinato do comparsa Quiui (Serafim Gonzalez) na prisão e no capítulo final da história, atinge fatalmente o mau-caráter André (Marcello Antony) com um tiro, após mais uma vez errar o alvo: Vitória.
Antes de ter seu final feliz em uma luxuosa cobertura em Paris nos braços de um gigolô, a assassina faz uma nova queima de arquivo: abate a tiros o advogado Medeiros (Ítalo Rossi) e a secretária Yvete (Angelita Feijó), seus fiéis aliados durante a história inteira.
3. Flora (Patrícia Pillar) – “A Favorita” (2008)
Na trama de João Emanuel Carneiro, Flora começa como um verdadeiro anjo. A história jogava com a dubiedade dela e da outra protagonista, Donatela (Cláudia Raia), socialite deslumbrada e um pouco arrogante. As duas eram ligadas a um assassinato do passado: Marcelo (Flávio Tolezani), milionário que se casara com Donatela, mas fora amante de Flora. Esta passou 18 anos presa por sua morte, mas deixa a cadeia no primeiro capítulo jurando inocência e responsabilizando a rival pelo homicídio.
Após a fase inicial da novela, o público percebe que fora enganado por Flora e que aquela angelical mulher é de fato uma assassina fria e implacável, responsável pelo fim do amante no passado. Ela logo trata de assassinar o médico Salvatore (Walmor Chagas), testemunha ocular do crime de outrora, para incriminar Donatela. Com a rival presa injustamente, a vilã mata a jornalista Maíra (Juliana Paes), que descobre seu caráter, e também elimina os criminosos que ela própria contrata para sequestrarem Lara (Mariana Ximenes), sua filha.
Na reta final, Flora arma um verdadeiro circo de horrores no rancho da família Fontini, espalhando sangue por toda a casa, para simular uma chacina e provocar um infarto no patriarca Gonçalo (Mauro Mendonça), que já estava com a saúde debilitada pela bruxa ter trocado seus remédios. O último homicídio da vilã é do comparsa Dodi (Murilo Benício). No último capítulo, quando tenta matar Donatela, Flora é atingida por um tiro disparado pela filha Lara, e termina a história na cadeia, completamente enlouquecida.
4. Magnólia (Vera Holtz), de “A Lei do Amor” (2016)
A novela de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari pode não ter feito muito sucesso, mas seu principal destaque foi certamente a perversa antagonista da narrativa. Magnólia era a matriarca da poderosa família Leitão, uma mulher acima de qualquer suspeita e que vivia pregando pela moral e valores familiares. Entretanto, por trás desta máscara, escondia uma criminosa capaz de tudo para não ser contrariada. Ela arma o assassinato da nora Carmem (Bianca Salgueiro) num acidente de carro ainda na primeira fase da história, já que a moça não se submete a seus desmandos.
Vinte anos mais tarde, Mag é a autora de um atentado contra o próprio marido, Fausto (Tarcísio Meira), que tenta fugir com a amante Suzana (Regina Duarte). Esta morre na emboscada, mas Fausto sobrevive e fica em estado vegetativo alguns capítulos. Mais tarde, chantageada pela oportunista Beth (Regiane Alves), que sabe de seu romance com o marido da própria filha, Magnólia não se faz de rogada e assassina a chantagista com um tiro e a enterra pessoalmente.
Na reta final, Mag ainda mata o jornalista Élio (João Campos), que ameaçava denunciá-la por seus crimes. Presa pela morte do rapaz, a megera compra briga no presídio com uma detenta valentona, Zélia (Simone Mazzer), que acaba asfixiada por um travesseiro por Mag. O final da vilã é trágico: ela morre se atirando na frente de um trem, tudo para não voltar para a cadeia.
5. Sophia (Marieta Severo) – “O Outro Lado do Paraíso” (2017)
A principal antagonista da história de Walcyr Carrasco se tornou conhecida nas redes sociais como Sophia Mãos de Tesoura. Era com este objeto que a malvada eliminava quem ameaçasse entregar seu passado como prostituta e assassina: ela havia matado o amante Agenor a tesouradas ao ser rejeitada.
O primeiro a ameaçar o segredo da vilã é o guarda-costas do bordel, Laerte (Raphael Vianna), que é atingido fatalmente pela tesoura de costura de Beth (Glória Pires), que chega a ser presa pelo crime. Mais tarde, Sophia mata da mesma maneira a prostituta Vanessa (Fernanda Nizzato) e o capanga Rato (César Ferrario), pelos mesmos motivos. A megera também encomenda a morte do delegado pedófilo Vinícius (Flávio Tolezani) na cadeia e é indiretamente a causadora do fim de um caminhoneiro, que morre no lugar de Josafá (Lima Duarte), o verdadeiro alvo da psicopata.
Julgada e condenada por seus assassinatos, Sophia é atestada como psicopata incapaz de controlar seus impulsos homicidas no final da trama e termina internada no mesmo hospício para onde enviou a nora Clara (Bianca Bin) no início da história, a fim de abocanhar as terras ricas em esmeraldas da mocinha.
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