A partir desta segunda (2), Joana Fomm volta a brilhar nas tardes da Globo com a reprise de Tieta (1989), no Vale a Pena Ver de Novo. Na trama, ela dá vida à icônica vilã Perpétua, uma mulher moralista e hipócrita que marcou sua carreira — e a histórias das novelas brasileiras.
“Eu me diverti fazendo”, relembrou a atriz em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, confessando que a personagem é sua preferida.
Aos 85 anos, Joana mantém vivo o brilho que marcou sua trajetória na televisão, mesmo após ter feito apenas aparições pontuais nos últimos anos. Na líder de audiência, ela não faz nenhum trabalho desde 2019, quando participou da série Sob Pressão.
Nessa entrevista, a veterana admitiu que guarda um ressentimento por ter sido dispensada da Globo em 2013:
“Fiquei, sim, magoada. Eu fiz sucesso, não sei o que o foi. Cada emissora tem seu jeito, não sei.”
Desde então, Joana só voltou ao canal no regime de contrato por obra. Em 2014, esteve em Boogie Ooogie e, dois anos depois, em Malhação: Pro Dia Nascer Feliz. Sua última novela, porém, foi na Record, participando de alguns capítulos de Apocalipse (2017).
A atriz vive em um apartamento no Alto Leblon, no Rio de Janeiro, com a renda de sua aposentadoria. Ela recebe cuidados do filho, Gabriel Fomm, mas confessou que ainda sente saudades de atuar, especialmente no cinema:
“Sinto muita falta de trabalhar, muita, muita. Gosto muito de cinema, gostaria de fazer de novo. Não consegui [formar um patrimônio]. Queria mais dinheiro e mais trabalho”.
“[A saúde] está bem, felizmente. Na medida do possível”, declarou a ex-global, que já enfrentou um câncer que a obrigou a retirar os seios.
Embora não tenha mais a disposição física para o teatro, Joana afirmou que gostaria de viver mais uma grande vilã.
Sem trabalho, a veterana mantém uma rotina simples: todas as noites, sintoniza o Viva para assistir à reprise de Corpo a Corpo (1984), onde interpretou Lúcia Gouveia, uma socialite decadente, outra megera de sua coleção. Apesar de não considerar essa personagem uma de suas favoritas, a novela traz memórias de colegas queridos que já morreram.
“Fiquei emocionada em ver aquela gente amiga. Ver Lauro Corona, o Caique Ferreira foi o que me emocionou mais.”
A atriz, no entanto, guarda especial carinho por Yolanda Pratini, a antagonista de Dancin’ Days (1978). Inicialmente escalada para outra intérprete, o papel acabou em suas mãos e marcou o início de uma tradição de vilãs sofisticadas, que equilibravam charme e crueldade.
Até hoje, Joana mantém contato com Glória Pires, a quem chama carinhosamente de “minha filha” por causa da relação na trama de Gilberto Braga. “A gente se fala muito. Sou muito próxima dela”, contou.
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