Familiares de Deolane Bezerra supostamente pagaram manifestantes para protestar na frente do presídio e pressionar a Justiça para soltá-la. É o que diz o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). As manifestações dos fãs complicaram a situação da influenciadora, que chegou a ser liberada da prisão, mas acabou detida novamente menos de 24 horas depois.
Entre os dias 4 e 9 de setembro, pessoas se reuniram em frente à Colônia Penal Feminina do Recife, fazendo barulho com cartazes e fogos de artifício, o que causou tumultos no local. Na decisão que manteve Deolane presa, o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão cita reportagens em sites de notícias que afirmam que os parentes da investigada “estão financiando as manifestações em frente ao cárcere”.
Um vídeo circula nas redes sociais mostrando a irmã de Deolane, Dayanne Bezerra, entregando dinheiro a uma apoiadora, o que reforçou as alegações de que os protestos não eram espontâneos.
Em resposta à uma publicação do jornalista Léo Dias, Daniele Bezerra, outra irmã da advogada, alegou que isso teria acontecido somente uma vez, quando foi dado R$ 300 para uma mulher que reclamou de fome. “Nós sequer chegamos a ir para nova penitenciária que a Deolane está, e já há diversas pessoas lá”, argumentou.
De qualquer forma, a ação dos manifestantes foi determinante para a transferência de Deolane para a penitenciária de Buíque, a cerca de 280 km do Recife. Embora a unidade prisional esteja superlotada, a influenciadora está em uma cela reservada, para resguardar a sua integridade física. Sua mãe, Solange Bezerra, segue presa na capital pernambucana, envolvida na mesma investigação.
Por ser mãe de uma menina de 8 anos, a ex-participante de A Fazenda conseguiu temporariamente o direito à prisão domiciliar. No entanto, a decisão foi rapidamente revogada depois que ela descumpriu duas medidas cautelares: falou com a imprensa e fez publicações nas redes sociais criticando sua detenção, alegando ilegalidade, o que foi visto como uma tentativa de manipular a opinião pública contra o sistema de Justiça.
Ao negar um novo habeas corpus, o desembargador pontuou que Deolane não pensou na filha ao deixar a cadeia: “Lastimo que a paciente não tenha tido para com a sua filha a mesma prioridade, atenção e cuidado que a Justiça brasileira teve”.
Aos 36 anos, Deolane Bezerra é investigada no âmbito da Operação Integration, que apura um esquema de lavagem de dinheiro por meio de jogos de azar. Ela se declara inocente e afirma que as quantias questionadas são fruto de seus trabalhos com publicidade.
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